DA AFLIÇÃO E ACEITAÇÃO ÀS TEIAS DE AFETOS – TEA E LAÇOS FAMILIARES NA CONSTRUÇÃO DE PONTES PARA A INCLUSÃO E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n1-107Keywords:
Transtorno do Espectro Autista (TEA), Núcleo Familiar, Desenvolvimento Cognitivo, InclusãoAbstract
Em uma sociedade marcada por profundas desigualdades e pela seleção social dos sujeitos com base em suas particularidades, as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) enfrentam desafios únicos no processo de desenvolvimento e inclusão. Essas vivências, frequentemente, estão circunscritas ao apoio limitado do núcleo familiar, que desempenha um papel central, mas nem sempre suficiente, para atender às necessidades dessas crianças. É crucial destacar que, em muitos casos, não há sequer o suporte familiar, elemento essencial para o desenvolvimento cognitivo e emocional desses sujeitos. Diante dessa realidade, o objetivo desta pesquisa é analisar as estratégias de inclusão implementadas por pais e familiares com o propósito de promover o desenvolvimento integral de crianças com TEA. Indagamos: Como as práticas e estratégias adotadas pelos familiares contribuem para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social de crianças com Transtorno do Espectro Autista, considerando os desafios e limitações enfrentados no âmbito familiar e social? A abordagem metodológica adotada configura-se como qualitativa, embasando-se em Minayo (2016) através de uma revisão bibliográfica, em Gil (1999) e uma análise compreensiva em Weber (2006). Foram utilizadas dissertações e teses que exploram a temática, com foco em estudos que evidenciam as contribuições positivas das práticas familiares para o desenvolvimento dessas crianças. As fontes bibliográficas foram obtidas em bases de dados como a Plataforma Sucupira, Google Acadêmico e Scielo. Os resultados indicam que o núcleo familiar constitui o espaço primordial para os primeiros passos no desenvolvimento cognitivo de crianças com TEA. É nesse ambiente que ocorrem as primeiras interações, as quais são determinantes para a formação de vínculos afetivos sólidos e para o fortalecimento das habilidades sociais e emocionais dessas crianças. Além disso, o lar é o espaço em que as crianças começam a moldar suas visões de mundo, sendo, portanto, um local estratégico para a promoção de práticas inclusivas e acolhedoras. Por outro lado, o fortalecimento das relações afetivas no ambiente familiar não apenas favorece o desenvolvimento individual da criança, mas também contribui para uma inserção mais harmônica na sociedade.