PERFIL SOCIOEPIDEMIOLÓGICO E EFEITOS DA COVID-19 LONGA EM PACIENTES PÓS-PANDÊMICOS DO SUL DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n1-060Palavras-chave:
SARS-Cov-2, Comorbidades, Pós-COVID-19Resumo
A COVID-19 tem sido o maior problema de saúde pública em todo o mundo. Várias pessoas foram infectadas pelo vírus SARS-CoV-2, desenvolvendo ou não os sintomas relacionados. Dentre os sintomas da COVID-19, muitos indivíduos apresentaram febre, tosse, dores musculares, dor de cabeça, perda do paladar, perda do olfato, entre outros, enquanto alguns indivíduos apresentaram sintomas mais complexos, como síndrome respiratória aguda grave. Ainda hoje não existe um tratamento específico contra a COVID-19. Embora muitos protocolos farmacológicos tenham sido tentados, incluindo, por exemplo, antibióticos e anti-inflamatórios. A maioria dos indivíduos infectados se recuperou da doença, no entanto, vários pacientes ainda apresentam alguns sintomas persistentes, caracterizando a chamada COVID-19 longa. O objetivo deste estudo foi identificar o perfil socioepidemiológico e os efeitos da COVID-19 longa em pacientes pós-pandemia. Para isso, foi aplicado um questionário de autorrelato para 74 pacientes que se recuperaram da COVID-19. Esse instrumento de coleta de dados incluiu questões referentes a aspectos socioeconômicos, sintomas durante a doença, histórico de saúde prévio, uso de medicamentos antes, durante e após a COVID-19, vacinação, uso de drogas lícitas e ilícitas, atividades físicas e sequelas e sintomas persistentes. Verificou-se que a maioria dos voluntários era do sexo feminino e tinha cerca de 31-50 anos. Além disso, a maioria dos pacientes não utilizou os serviços de internação. Vários pacientes relataram a presença de algumas comorbidades anteriores à infecção, como doenças metabólicas. A maioria apresentava sintomas leves, como cefaleia e disgeusia. Curiosamente, 69% dos participantes relataram apresentar sintomas persistentes após a recuperação do COVID-19, principalmente perda de memória, queda de cabelo e fadiga. Cerca de 13% relataram sintomas relacionados a deficiências cognitivas. Este estudo mostra a importância de dar continuidade às investigações científicas no presente, especialmente considerando a COVID-19 longa para que os órgãos de saúde pública e governos possam planejar possíveis ações para os pacientes afetados.