PREVALÊNCIA DO USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM GESTANTES E PUÉRPERAS INTERNADAS EM UMA MATERNIDADE DE REFERÊNCIA NO CEARÁ
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-284Palabras clave:
Período Pós-Parto, Usuários de Drogas, Serviços de Saúde Materno-Infantil.Resumen
Introdução: O aumento do consumo de drogas lícitas e ilícitas na gestação, vem contribuindo para agravamentos de saúde, problemas sociofamiliares, incidências da violência, constituindo um problema de saúde pública global. Objetivo: Analisar a prevalência do uso de substâncias psicoativas em gestantes/puérperas internadas em uma Maternidade de referência no Ceará. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, transversal, do tipo documental retrospectivo e de natureza quantitativa, com amostra de 354 gestantes/puérperas. Utilizou-se o instrumento para guiar a coleta de dados nos prontuários: dados sociodemográfico e gineco-obstétrico. A coleta foi realizada de março a julho de 2023. Foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa na Área da Saúde, sendo aprovado pelo parecer Nº 6.204.206 e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) Nº 70011723.5.0000.5050. Resultados e Discussão: Dos 384 prontuários analisados, 78 mulheres afirmam o uso de substâncias lícitas e/ou ilícitas, sendo 8 (10%) gestantes e 70 (90%) puérperas. Em relação ao uso de substâncias lícitas durante a gestação, a droga mais frequente foi o tabaco, seguido pelo álcool. No que tange o uso de substâncias ilícitas a mais frequente foi a maconha/haxixe/Skank (n=57, 73%), seguido de cocaína (n=35, 45%) e crack (n=17, 22%). Os resultados permitem identificar a necessidade de ampliação das políticas públicas e implementação de novas medidas que visem captar e aumentar a adesão dessas mulheres aos serviços de saúde e de reabilitação e desta forma ofertar um cuidado de qualidade e holístico frente às necessidades encontradas em cada mulher. Conclusão: O presente estudo mostra uma população de vulnerabilidade entre as gestantes e puérperas usuárias de SPA com perfil sociodemográfico que requer maior atenção dos profissionais de saúde além dos cuidados ginecológicos e obstétricos. Conhecer mais acerca dos fatores relacionados à maior probabilidade de uso dessas substâncias a fim de estabelecer políticas públicas direcionadas e mais assertivas é prevalente e necessário para mudança desse cenário.
