PERFIL FITOQUÍMICO E ATIVIDADE ANTIOXIDADENTE DE PLANTAS MEDICINAIS DO CASTAINHO - PE
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-059Palavras-chave:
Plantas Medicinais, Comunidades tradicionais, Antioxidante, Metabólitos secundáriosResumo
O uso de plantas medicinais está profundamente enraizado na história das populações tradicionais, representando uma importante ferramenta terapêutica em comunidades vulneráveis, como os quilombolas. Essas comunidades dependem frequentemente de recursos naturais locais para o tratamento de diversas enfermidades, o que justifica a busca por validar cientificamente o uso de espécies vegetais com potencial terapêutico. Assim sendo, este estudo visou investigar o perfil fitoquímico e a atividade antioxidante de três espécies com alto valor de uso na comunidade quilombola do Castainho, Garanhuns-PE: Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze, Momordica charantia L. e Hyptis pectinata (L.) Poit. As folhas foram coletadas, secas e submetidas à infusão para obtenção dos extratos. A triagem fitoquímica revelou a presença de compostos bioativos, como taninos, flavonoides, triterpenos e saponinas. A quantificação de polifenóis e flavonoides indicou concentrações expressivas, com destaque para Hyptis pectinata (503,86 μg/mg de polifenóis). A avaliação da atividade antioxidante pelo método de DPPH demonstrou que apenas Hyptis pectinata sequestrou 50% do radical DPPH, indicando seu potencial antioxidante significativo. O fato de Acanthospermum australe e Momordica charantia não terem apresentado a mesma capacidade de sequestro pode estar relacionado à concentração dos extratos utilizada no ensaio. Estes achados sugerem que as plantas estudadas possuem compostos com potencial terapêutico, reforçando a importância da bioprospecção em comunidades tradicionais.