EDUCAÇÃO 4.0: REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA OU AMEAÇA DISFARÇADA?
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n12-180Palavras-chave:
Educação 4.0, Tecnologias Digitais, Competências Digitais, Inclusão Digital, Formação DocenteResumo
Este artigo oferece uma análise crítica da Educação 4.0, abordando seus conceitos, fundamentos e desafios numa perspectiva integradora. Inicialmente, contextualiza a Educação 4.0 no contexto da Indústria 4.0 e da cultura digital, ressaltando a ambivalência entre inovação pedagógica e riscos à dimensão humana da educação. A metodologia adotada, uma revisão integrativa da literatura, garantiu a abrangência necessária para compreender múltiplas faces do fenômeno. O texto detalha os potenciais pedagógicos das tecnologias emergentes, como inteligência artificial e realidade aumentada, e a importância das metodologias ativas e da personalização da aprendizagem para o desenvolvimento de competências do século XXI. Discute, ainda, as competências digitais essenciais para estudantes e docentes, destacando a importância de uma formação continuada que articule aspectos técnicos, críticos e éticos. Explora as desigualdades no acesso à infraestrutura tecnológica, evidenciando que a “inclusão digital” precisa ultrapassar a mera provisão de dispositivos para se definir como justiça social. São também abordados riscos associados à dependência tecnológica, sobrecarga informacional e mercantilização da educação, que ameaçam a saúde mental dos envolvidos e a autonomia do projeto educativo. Por fim, propõe que a Educação 4.0 será uma revolução pedagógica na existência de políticas públicas robustas, currículo integrado, governança ética de dados e formação docente qualificada, enquanto se converterá em ameaça quando dominada por interesses mercadológicos e técnicos. O artigo conclui enfatizando a necessidade de um equilíbrio cuidadoso entre inovação e humanização, e sugere agendas futuras de pesquisa para aprofundar o entendimento dos impactos socioculturais dessa transformação educacional.
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