ASSOCIAÇÃO ENTRE TEMPERATURA MÉDIA MENSAL E INTERNAÇÕES HOSPITALARES EM CRIANÇAS DE 4 A 9 ANOS NO DISTRITO FEDERAL EM 2024: EVIDÊNCIAS LOCAIS DE UM ANO TERMICAMENTE CRÍTICO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n11-242Palavras-chave:
Temperatura, Internações Hospitalares, Crianças, Mudanças Climáticas, Distrito FederalResumo
As variações climáticas têm se intensificado nas últimas décadas, alterando padrões térmicos e de precipitação em diversas regiões do Brasil. Em Brasília, observa-se tendência de elevação das temperaturas médias anuais, com 2024 registrado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) como o ano mais quente da série histórica, em consonância com o relatório global da World Meteorological Organization (WMO, 2024). Visto isso, objetivou-se avaliar a associação entre a temperatura média mensal e o número total de internações hospitalares em crianças de 4 a 9 anos residentes no Distrito Federal durante 2024. Para tanto, desenvolveu-se um estudo ecológico de série temporal, com dados do INMET (temperatura média mensal) e do SIH/DATASUS (internações hospitalares totais em crianças de 4–9 anos). Aplicaram-se o coeficiente de correlação de Pearson (r) e o teste de Mann–Whitney U, comparando meses frios (< 22 °C) e quentes (≥ 22 °C). Desse modo, verificou-se associação inversa entre temperatura média e internações pediátricas (r = –0,69; p = 0,014), com maior número de hospitalizações nos meses frios (maio–julho). Indicando, portanto, que as flutuações térmicas em 2024 influenciaram a demanda hospitalar pediátrica no Distrito Federal, reforçando a importância do monitoramento climático-sanitário e do planejamento de políticas públicas adaptativas em saúde infantil.
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