RAIOS ULTRAVIOLETA E SAÚDE DA PELE: PREVENÇÃO DO CÂNCER E DO ENVELHECIMENTO PRECOCE

Resumo

A radiação ultravioleta (UV), componente natural da luz solar, exerce papel fundamental na síntese cutânea de vitamina D, mas também representa um fator de risco significativo para a saúde da pele. A exposição excessiva aos raios UV, especialmente aos comprimentos de onda UVA e UVB, está associada a efeitos agudos, como eritema e queimaduras solares, e crônicos, incluindo fotoenvelhecimento, imunossupressão cutânea e aumento da incidência de neoplasias, como o carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica baseada em artigos científicos publicados nos últimos 22 anos, visando compreender os mecanismos de ação da radiação UV sobre a pele, identificar os principais fatores de risco, identificar clinicamente as lesões cancerígenas e analisar estratégias de prevenção. Foram incluídos estudos que abordam a fisiopatologia dos danos celulares induzidos pela radiação, com destaque para a formação de espécies reativas de oxigênio e mutações no DNA. Também foram avaliadas as recomendações atuais para fotoproteção, incluindo o uso de filtros solares, barreiras físicas, roupas de proteção e campanhas educativas. Os resultados da literatura indicam que a educação populacional e a adoção de medidas preventivas contínuas são essenciais para reduzir a morbidade associada à exposição solar inadequada. Conclui-se que, embora a radiação UV seja necessária para funções fisiológicas, sua exposição deve ser controlada e orientada por práticas de fotoproteção baseadas em evidências científicas.