EFEITOS ADVERSOS NA CAVIDADE ORAL DE PACIENTES EM DIFERENTES PROTOCOLOS DE QUIMIOTERAPIA NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n52-040Palavras-chave:
Odontologia, Oncologia, QuimioterapiaResumo
O presente estudo analisou os efeitos biológicos da quimioterapia na cavidade oral, enfocando a toxicidade celular sobre tecidos saudáveis, manifestações clínicas e impactos na qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Com base em revisão de literatura realizada nas bases PubMed, SciELO e Google Acadêmico, foram selecionados artigos publicados entre 2008 e 2024 nos idiomas português e inglês, incluindo estudos qualitativos, quantitativos, descritivos e ensaios clínicos que abordaram as consequências odontológicas da quimioterapia. Os resultados evidenciaram que a ação não seletiva dos agentes quimioterápicos sobre células de alta taxa mitótica é responsável pelo surgimento de complicações como mucosite, xerostomia, candidíase, ulcerações, alterações dentárias e neurotoxicidade, especialmente na mucosa oral e no desenvolvimento de dentes em pacientes pediátricos. A mucosite oral pode afetar até 80% dos pacientes sob altas doses, enquanto alterações tardias no complexo maxilomandibular atingem cerca de 70% das crianças em tratamento. A gravidade das manifestações está relacionada ao tipo de protocolo terapêutico, à condição bucal prévia e ao estado sistêmico do paciente. Observou-se que a atuação interdisciplinar do cirurgião-dentista junto à equipe oncológica é fundamental para prevenir e manejar essas complicações, promovendo redução da morbidade, adesão ao tratamento e melhoria da qualidade de vida. Recomenda-se o desenvolvimento de protocolos preventivos e terapias seletivas com menor toxicidade celular, visando melhores desfechos clínicos e funcionais para pacientes oncológicos.
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