OBESIDADE E SUA RELAÇÃO COM A MICROBIOTA INTESTINAL

Autores

  • Thais Carvalho Cunha Author
  • Gabriella Luiza de Jesus Costa Author
  • Evyton de Oliveira Gama Author
  • Rafaela Resende da Gloria Author

DOI:

https://doi.org/10.56238/levv16n51-075

Palavras-chave:

Obesidade, Microbiota Intestinal, Firmicutes, Bacteroidetes, Probióticos, Dieta

Resumo

RESUMO
A obesidade é uma condição crônica multifatorial, associada ao acúmulo excessivo de gordura corporal e a diversas comorbidades, como síndrome metabólica e diabetes tipo 2. Além dos fatores genéticos, ambientais e comportamentais, a microbiota intestinal tem se mostrado um elemento relevante na sua patogênese. A literatura aponta que indivíduos obesos apresentam, geralmente, maior proporção de bactérias do filo Firmicutes em relação a Bacteroidetes, favorecendo maior extração e armazenamento de energia proveniente da dieta. Alterações na composição microbiana podem ser influenciadas por hábitos alimentares, especialmente dietas ricas em gorduras e pobres em fibras, que induzem disbiose, aumento da permeabilidade intestinal e ativação de respostas inflamatórias. Estratégias como a modulação da microbiota por meio de mudanças dietéticas, associadas ou não ao uso de probióticos e prebióticos, mostram potencial na prevenção e tratamento da obesidade, ao promover eubiose intestinal, reduzir inflamação e melhorar o metabolismo energético. Esses achados reforçam a importância de uma abordagem personalizada, integrando intervenções nutricionais e terapias voltadas à microbiota no manejo clínico da obesidade.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Associação de Microbiota Intestinal Humano com Atividade de Estilo de Vida, Adiposidade e Perfis Metabólicos em Crianças Tailandesas com Obesidade RELAÇÃO ENTRE A MICROBIOTA INTESTINAL E A OBESIDADE INTESTINAL MICROBIOTA AND ITS RELATION WITH OBESITY

Ana Carolina Barbosa dos Santos1; Kamila Turquetti Rocha2; Laura de Assis Soares Martins3; Taiza Matias de Almeida4 ; Tânia Maria Leite da Silveira5 Ley RE, Turnbaugh PJ, Klein S, Gordon JI. Ecologia microbiana: micróbios intestinais humanos associados à obesidade. Nature.2006;444:1022–1023. [PubMed] [Google Scholar]

Andreasen AS, Larsen N, Pedersen-Skovsgaard T, Berg RM, Møller K, Svendsen KD, Jakobsen M, Pedersen BK. Efeitos do Lactobacillus acidophilus NCFM na sensibilidade à insulina e na resposta inflamatória sistêmica em seres humanos. Br J Nut.2010;104:1831–1838. [PubMed] [Google Scholar]

Moschen AR, Wieser V, Tilg H. Fatores Dietéticos: Principais Reguladores da Microbiota do Intestino. Fígado intestinal. 2012;6:411-416.

https://preprints.scielo.org/index.php/scielo/preprint/download/4358/8308/8659

Penders J, Thijs C, Vink C, Stelma FF, Snijders B, Kummeling I, et al. Factors influencing the composition of the intestinal microbiota in early infancy. Pediatrics. 2006;118(2):511-21.

Huttenhower C, Gevers D, Knight R, Abubucker S, Badger JH, Chinwalla AT, et al. Structure, function and diversity of the healthy human microbiome. Nature. 2012;486(7402):207-14.

Cani PD, Amar J, Iglesias MA, Poggi M, Knauf C, Bastelica D, et al. Metabolic endotoxemia initiates obesity and insulin resistance. Diabetes. 2007;56:1761-72

Wu GD, Chen J, Hoffmann C, Bittinger K, Chen Y, Sue A, et al. Linking long-term dietary patterns with gut microbial enterotypes. 2011;334(6052):105-8.

Zhang C, Zhang M, Wang S, Han R, Cao Y, Hua W, et al. Interactions between gut microbiota, host genetics and diet relevant to development of metabolic syndromes in mice. ISME J. 2010;4(2):232-41.

Gibson GR, Probert HM, Loo JV, Rastall RA, Roberfroid MB. Dietary modulation of the human colonic microbiota: updating the concept of prebiotics. Nutr Res Rev. 2004;17:259-75.

https://doi.org/10.1590/0004-2730000002940

https://www.scielo.br/j/abem/a/SGBSN5QjMxhM68xg6sbgcfJ#

AL-ASSAL, Karina et al. Gut microbiota and obesity. Clinical Nutrition Experimental, v. 20, p. 60-64, 2018.

CABRAL, Ludmilla Quaresma Teixeira. Efeito de probióticos em indicadores bioquímicos e subjetivos de fome e saciedade em indivíduos com sobrepeso ou obesidade: uma revisão sistemática. In: v. 2 n. 2: XI Simpósio e IV Semana Acadêmica de Nutrição da UFGD. 2019.

CAMPOS, Camila. R. et al. Alimentação prebiótica e uso de probióticos na modulação anti-inflamatória da microbiota intestinal: novas perspectivas. Sinapse Múltipla, 10(2), 310-312, 2021.

CASTANER, O; GODAY, A; PARK, Y.M. et al. The Gut Microbiome Profile in Obesity: A Systematic Review. Int Jour Endocrinol, v.1, 9p. 2018.

COSTA, K. F.; PEREIRA, S. E. Modulação da microbiota intestinal na obesidade: o estado da arte. 2021. 18f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Goiânia. 2021.

FONSECA, Ana Carolina Proença da. Abordagem epidemiológica e molecular da obesidade em uma amostra do Rio de Janeiro. 2019.

GOMES, Aline Corado; HOFFMANN, cristão; MOTA, João Felipe. A microbiota intestinal humana: Metabolismo e perspectiva na obesidade. Micróbios intestinais, v. 9, n. 4, pág. 308-325, 2018.

GOMES, A. C., HOFFMANN, C. & MOTA, J. F. Gut microbiota is associated with adiposity markers and probiotics may impact specific genera. European journal of nutrition v.59, n.4, p: 1751–1762. 2020.

MATOS, E. R. C. S. O Efeito de Probióticos na Microbiota Intestinal de Pacientes Obesos: Revisão Sistemática e Metanálise. 2021. 143f. Dissertação (Mestrado em Modelagem Computacional) – Universidade Federal do Alagoas. Maceió. 2021.

NUNES, M. L.; GARRIDO, M. P. A obesidade e a ação dos prebióticos, probióticos e simbióticos na microbiota intestinal. Nutrição Brasil, v.17, n.3, p:189-196. 2018. DOI: https://doi.org/10.33233/nb.v17i3.907.

PEREIRA, Joyce Ribeiro; SILVA, Edvaldo Sebastião; VIEIRA, Jallyne Nunes. Microbiota Intestinal E Obesidade: Revisão De Literatura. In.: I Congresso internacional de meio ambiente e sociedade. 5., 2019. Paraíba. Anais. Paraíba: CONIMAS, 2019.

SALOMÃO, Joab Oliveira et al. Implicações da microbiota intestinal humana no processo de obesidade e emagrecimento: revisão sistemática. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 5, p. 15215-15229, 2020.

SANTOS, I. R. O.; ALBUQUERQUE, C. A. R.; MENEZES, G. B. R.; FERREIRA, A. J. F. Efeitos dos probióticos nas dislipidemias: a scoping review. Brazilian journal of development. Curitiba, v.5, n.11, p.27672-27687, 2019.

SANTOS, A. C. B. et al. Relação entre a microbiota intestinal e a Obesidade.

Revista científica de saúde do centro universitário de Belo Horizonte – e- Scientia. V. 01, 10p. 2021.

https://repositorio-api.animaeducacao.com.br/server/api/core/bitstreams/54ac0518-35db-4640-84fa-228e5e91c08c/content

ANDRADE, Vera Lucia Ângelo; REGAZZONI, Liubiana Arantes de Araújo; MOURA, Marco Túlio Russo Moreira; et al. Obesity and intestinal microbiota. Revista Médica de Minas Gerais, v. 25, n. 4, 2015.

DAHIYA, Dinesh K.; RENUKA; PUNIYA, Monica; et al. Gut Microbiota Modulation and Its Relationship with Obesity Using Prebiotic Fibers and Probiotics: A Review. Frontiers in Microbiology, v.8, p.563, 2017.

Ley, R. E. (2010). Obesity and the human microbiome. Current Opinion in Gastroenterology, 26(1), 5–11.

Smith, M-B., Kelly, C. e Alm, E. J. (2014).Policy: How to regulate faecal transplants. Nature, vol. 506, pp. 290-291

MORAES, A. C. F. et. al. Microbiota intestinal e risco cardiometabólico: mecanismos e modulação dietética. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. São Paulo, vol.58, n.4. Jun.2014

SPEZIA, G. et. al. Microbiota intestinal e sua relação com a obesidade. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Envelhecimento. São Paulo, v.3, n.15, p. 260-267. Maio/Jun.2009

Dibaise, J.K.; e colaboradores. Gut Microbiota and Its Possible Relationship With Obesity. Mayo Clinic Proceedigs. Vol. 83. Num. 4. 2008. p. 460-469

https://repositorio.usp.br/directbitstream/dfc033bc-07f7-4710-aa7a-4f1c848c70b3/3061533.pdf

Downloads

Publicado

2025-08-26

Como Citar

CUNHA , Thais Carvalho; COSTA, Gabriella Luiza de Jesus; GAMA, Evyton de Oliveira; DA GLORIA , Rafaela Resende. OBESIDADE E SUA RELAÇÃO COM A MICROBIOTA INTESTINAL. LUMEN ET VIRTUS, [S. l.], v. 16, n. 51, p. e7586 , 2025. DOI: 10.56238/levv16n51-075. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/LEV/article/view/7586. Acesso em: 5 dez. 2025.