BIOMETRIA DE FRUTOS E SEMENTES E POTENCIAL DE EMERGÊNCIA DE PLÂNTULAS DE LEUCAENA LEUCOCEPHALA (LAM.) DE WIT
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n50-076Palavras-chave:
Espécie Exótica, Leucena, Profundidade de GerminaçãoResumo
A leucena foi introduzida no Brasil para produção de madeira e recuperação de áreas degradadas e se tornou uma invasora agressiva impactando ecossistemas e dificultando a regeneração da flora nativa. Espécies invasoras apresentam características que as tornam excelentes competidoras, como grande produção de sementes pequenas e de fácil dispersão, crescimento rápido, alta taxa de germinação e alta adaptabilidade a ambientes adversos. Por isso, objetivou-se com esse estudo caracterizar frutos e sementes, e investigar o potencial de emergência de plântulas de leucena em diferentes posições e profundidades de semeadura. Em uma amostra de 200 frutos e sementes, determinou-se comprimento (CFR, cm), largura (LFR, cm), espessura (EFR, cm) e peso (PFR, g) dos frutos e número de sementes fruto-1 (NSFR). Em seguida, mensurou-se comprimento (CS, cm), largura (LS, cm), espessura (ES, cm) e peso de mil sementes (PMS, g). O experimento foi conduzido na Universidade Estadual da Paraíba, em Catolé do Rocha, PB, em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 6, com 4 repetições de 25 sementes com o hilo para baixo (HB), para o lado (HL) e para cima (HC), nas profundidades de 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5 e 3,0. Avaliou-se primeira contagem de emergência (PCE, %), percentual de emergência (E, %), índice de velocidade de emergência (IVE), comprimento de raiz (CR, cm) e parte aérea (CPA, cm), relação raiz/parte aérea (RR/PA), massa seca de raízes (MSR, g), de parte aérea (MSPA, g) e total (MST, g). Não houve ajuste aos modelos polinomiais testados para a posição HB e HL. Na posição HC, verificou-se maior E (82%) na maior profundidade de semeadura (3,0 cm). Não houve interação significativa entre posição e profundidade de semeadura para PCE, IVE, CR, CPA, MSR, MSPA, RR/PA e MST. Além disso, não houve ajuste aos modelos polinomiais para a MSPA e MST de plântulas de leucena. Os maiores valores para a PCE (38%), IVE (4,4), CR (9,6 cm), MSR (0,58 g) e RR/PA (0,40) foram obtidos na profundidade de 0,5 cm. De forma inversa, o maior CPA (6,7 cm) foi observado na profundidade de 3,0 cm. A leucena produz frutos com uma grande quantidade de sementes pequenas e leves e tem sua emergência favorecida pela semeadura em menores profundidades, o que demonstra o potencial competitivo dessa invasora, em explorar ambientes com recursos limitados, típicos do semiárido nordestino.