ENFRENTAMENTO DA MORTALIDADE NEONATAL: UMA ANÁLISE DOS RISCOS EM RECÉM-NASCIDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO NO OESTE PAULISTA
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n49-086Palavras-chave:
Mortalidade neonatal, Óbito neonatal, Recém-nascidos, Unidades de Terapia Intensiva NeonatalResumo
Introdução: A mortalidade neonatal representa um desafio, visto que diversos países ainda estão distantes de cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). O óbito neonatal é o resultado da ausência ou baixa qualidade da assistência pré-natal, das intercorrências de saúde materna durante a gestação, do baixo peso do bebê ao nascer assim como a presença de asfixia ao nascer e também da prematuridade. Todos esses elementos citados acima são agravos considerados evitáveis por intervenções dos serviços de saúde. As análises de tendência dos coeficientes de mortalidade neonatal se tornam importantes para a avaliação das políticas e projeção de mortalidade, constituindo-se como ferramentas úteis ao planejamento das ações de saúde. Objetivos: Analisar a identificação da tendência da mortalidade neonatal evitável em espaços e realidades diferentes pode aperfeiçoar as práticas de cuidados, contribuir para a utilização racional dos recursos e reorganizar as redes de atenção para promover a redução das inequidades em saúde. Metodologia: O estudo utilizou um delineamento retrospectivo, analisando dados de 102 recém-nascidos que foram a óbito no período neonatal (0 a 28 dias de vida) entre 2018 e 2022. Foram avaliadas variáveis maternas (idade, comorbidades, pré-natal) e neonatais (peso ao nascer, idade gestacional, sexo e causas do óbito). Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva. Resultados e Discussão: Apontaram que a prematuridade foi a principal causa de óbito, representando 50% dos casos, seguida por sepse neonatal (37%). Cerca de 69,7% dos neonatos nasceram com menos de 30 semanas, e 44% apresentaram peso inferior a 1000g. A análise evidenciou que, embora 93,1% das gestantes tenham realizado o pré-natal, a qualidade do acompanhamento pode ter sido insuficiente para evitar complicações gestacionais. Conclusão: A pesquisa reforça a necessidade de políticas públicas eficazes para redução da mortalidade neonatal, incluindo o fortalecimento do pré-natal de qualidade, ampliação dos leitos de UTIN e capacitação das equipes de saúde. Conclui-se que ações preventivas, educação em saúde e acesso a cuidados intensivos são fundamentais para a redução da mortalidade neonatal evitável no Brasil.