A CONVERGÊNCIA ENTRE EMBALAGENS E SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv14n32-009Palavras-chave:
Embalagens alimentares, Saúde pública, Bisfenol A, Sustentabilidade, Rotulagem nutricionalResumo
Este artigo analisa criticamente a convergência entre embalagens e saúde, abordando as interações entre os materiais utilizados nas embalagens de alimentos, os riscos associados à saúde humana, as inovações tecnológicas e as políticas regulatórias vigentes. A partir de uma abordagem qualitativa e revisão bibliográfica de fontes acadêmicas, institucionais e técnicas, o estudo identifica os principais riscos sanitários relacionados à migração de substâncias químicas como o Bisfenol A, bem como os desafios regulatórios enfrentados para a sua mitigação. Ao mesmo tempo, destaca as alternativas tecnológicas emergentes, como as embalagens biodegradáveis e comestíveis, que oferecem soluções sustentáveis e potencialmente mais seguras, embora ainda enfrentem barreiras de custo e viabilidade comercial. A análise inclui ainda a rotulagem nutricional como instrumento estratégico de comunicação e saúde pública, evidenciando a eficácia dos modelos frontais de advertência e a influência da embalagem na percepção e decisão de consumo. Os dados indicam que a legislação atual é insuficiente para garantir segurança plena ao consumidor, carecendo de mecanismos de fiscalização e padronização mais robustos. A convergência entre embalagens e saúde é apresentada como uma necessidade civilizatória que exige a articulação entre inovação, responsabilidade social e políticas públicas integradas. O estudo conclui que a transformação do sistema de embalagens alimentares passa pela adoção de princípios da economia circular, fortalecimento da regulação sanitária e valorização da educação alimentar. A reformulação das embalagens deve considerar não apenas sua função técnica, mas seu papel simbólico, ambiental e pedagógico na construção de sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis.