LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA NO MUNICÍPIO DE CODÓ – MA: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n48-090Palabras clave:
Leishmaniose Visceral Humana, SINAN, DATASUS, Epidemiologia, Saúde PúblicaResumen
A Leishmaniose Visceral Humana (LVH), ou calazar, é uma zoonose de grande relevância para a saúde pública, com alto potencial de letalidade quando não tratada. Este estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico da LVH no município de Codó – MA, entre os anos de 2013 e 2023, utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS). A pesquisa foi documental e descritiva, com abordagem qualiquantitativa, e incluiu variáveis como faixa etária, sexo e escolaridade dos acometidos. Foram analisados 200 registros, dos quais 35% apresentaram resultado positivo para LVH, 13,5% negativo e 51% sem realização de exame, o que evidencia fragilidades na vigilância e nos serviços de saúde locais. Em relação ao sexo, 61% dos casos positivos ocorreram em homens, o que pode estar associado à maior exposição ocupacional a áreas de risco. Quanto à faixa etária, observou-se maior incidência em crianças de 1 a 4 anos, grupo mais vulnerável à infecção devido à imaturidade imunológica. No que tange à escolaridade, 49% dos registros enquadraram-se na categoria “não se aplica”, indicando grande número de casos entre crianças em idade pré-escolar. Entre os dados informados, a maioria apresentava baixa escolaridade, sugerindo associação entre condições socioeconômicas desfavoráveis e maior risco de infecção. A presença de fatores como pobreza, saneamento precário e proximidade com vetores e reservatórios favorece a manutenção da cadeia de transmissão no município. Conclui-se que a LVH permanece como um desafio à saúde pública local, exigindo maior investimento em diagnóstico, vigilância epidemiológica, educação em saúde e políticas públicas direcionadas às populações mais vulneráveis. Os dados obtidos podem subsidiar estratégias de prevenção e controle mais eficazes e sensíveis à realidade de Codó – MA.