Anestesias de pacientes de alto risco durante a abordagem cirúrgica: Estratégias adaptadas para pacientes com comorbidades

Autores

  • Rafael Lopes Mendes Silveira Author
  • Lana Paola Almeida Santos Lima Author
  • Lisa Aparecida da Silva Scarpari Author
  • Gustavo Samuel de Moura Serpa Author
  • Leonardo Augusto Machado Broza Author

DOI:

https://doi.org/10.56238/levv15n39-126

Palavras-chave:

Anestesia em Pacientes de Alto Risco, Apneia Obstrutiva do Sono, Estratégias Anestésicas

Resumo

Introdução: O manejo anestésico de pacientes de alto risco, especialmente aqueles com comorbidades significativas, representa um desafio clínico importante. Este estudo revisa as estratégias anestésicas adaptadas para esses pacientes, com foco em intervenções que possam minimizar complicações perioperatórias e melhorar os desfechos cirúrgicos. Métodos: Foram analisados estudos publicados entre 2010 e 2024, utilizando bases de dados como PubMed, Scielo e Brazilian Journal of Anesthesiology. A revisão incluiu ensaios clínicos randomizados que compararam diferentes técnicas anestésicas e suas implicações para pacientes de alto risco. Estudos sem grupo de controle foram excluídos da análise. Resultados: Os resultados indicaram que pacientes com alto risco de apneia obstrutiva do sono apresentam uma maior incidência de eventos respiratórios adversos, o que ressalta a importância de estratégias anestésicas específicas para essa população. A ventilação garantida por volume controlado por pressão (PCV-VG) foi superior à ventilação controlada por volume (VCV) em pacientes obesos submetidos a cirurgias laparoscópicas na posição de Trendelenburg, proporcionando melhores parâmetros ventilatórios e oxigenação. O bloqueio costoclavicular foi identificado como uma técnica eficaz e segura para a anestesia de membros superiores em pacientes obesos, reduzindo a necessidade de anestesia geral. Em cirurgias cardíacas, a administração de glicose-insulina-potássio (GIK) mostrou-se benéfica, reduzindo eventos cardíacos adversos e melhorando a estabilidade hemodinâmica. Por fim, a anestesia espinhal demonstrou ser preferível à anestesia geral em cirurgias de coluna lombar para pacientes de alto risco, promovendo maior estabilidade intraoperatória. Conclusão: Conclui-se que a personalização das estratégias anestésicas é fundamental para otimizar o manejo de pacientes de alto risco, levando em consideração as características individuais e as comorbidades. A escolha cuidadosa das técnicas anestésicas pode minimizar complicações, melhorar os resultados pós-operatórios e garantir uma recuperação mais segura. A integração de novas evidências e a adoção de abordagens multidisciplinares são essenciais para aprimorar os cuidados perioperatórios e promover melhores desfechos em pacientes complexos e vulneráveis.

Publicado

2024-09-03