Manejo da Doença Renal Crônica: Importância do diagnóstico precoce e monitoramento contínuo

Resumo

Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é um grave problema de saúde pública, afetando cerca de 10% da população mundial. Caracteriza-se pela perda progressiva e irreversível da função renal, frequentemente causada por diabetes mellitus e hipertensão arterial. O diagnóstico precoce da DRC é essencial para retardar sua progressão, melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir os custos do tratamento. Marcadores como a taxa de filtração glomerular (TFG) e a albuminúria são fundamentais para a detecção precoce. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica abrangente sobre os avanços no diagnóstico precoce e monitoramento contínuo da DRC. A pesquisa incluiu estudos publicados entre 2013 e 2023, indexados nas bases de dados PubMed, Lilacs e SciELO, utilizando termos como "Chronic Kidney Disease management", "early diagnosis" e "continuous monitoring". Foram selecionados 20 artigos após aplicação de critérios rigorosos de inclusão e exclusão, com a análise final dos textos completos. Resultados: A análise dos estudos selecionados destacou a importância de protocolos sólidos para diagnóstico precoce e monitoramento contínuo na gestão da DRC. A introdução de novos biomarcadores, como a Leucine-Rich α-2-Glycoprotein 1 (LRG1), complementa os métodos tradicionais, oferecendo uma detecção mais precisa da DRC. Além disso, o monitoramento remoto via telemedicina mostrou-se eficaz na redução de hospitalizações e na melhoria da adesão ao tratamento, particularmente em pacientes em diálise domiciliar. A combinação dessas estratégias não só melhora os resultados clínicos dos pacientes, mas também reduz a carga financeira sobre os sistemas de saúde. Conclusão:A revisão evidenciou a necessidade de protocolos robustos para diagnóstico precoce e monitoramento contínuo na gestão da DRC. A integração de novos biomarcadores e tecnologias de telemedicina representa um avanço significativo, permitindo intervenções mais eficazes e economicamente viáveis. Tais práticas podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes e proporcionar uma abordagem mais sustentável para os sistemas de saúde, alinhando-se com os objetivos de saúde pública.