Doenças vasculares: Intervenção clínico-cirúrgica em aneurismas de aorta abdominal

Autores

  • Maria Clara Fatinansi Altrão Author
  • Thaysa Pereira Perego Author
  • Dionei Alchaar Costa Author
  • Marina Rosan Costa Author
  • Layla Nayse de Oliveira Author
  • Daniel Guilherme de Camargo Junior Author
  • Henrique Zanella dos Santos Author
  • Rafael Lopes Mendes Silveira Author
  • Diego de Oliveira Rós Author

DOI:

https://doi.org/10.56238/levv15n39-117

Palavras-chave:

Aneurisma de Aorta Abdominal, Reparo Endovascular, Cirurgia Vascular

Resumo

Introdução: Os aneurismas de aorta abdominal (AAA) são dilatações perigosas da aorta que, se não tratadas, podem levar à ruptura e morte súbita. O manejo de AAA evoluiu com o desenvolvimento de técnicas como o reparo endovascular (EVAR) e o reparo cirúrgico aberto. Este estudo revisa sistematicamente a eficácia, benefícios e limitações de cada abordagem para determinar a intervenção mais adequada para diferentes perfis de pacientes. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática nas bases de dados PubMed, Scopus e Cochrane Library, de 2006 a 2024. Foram incluídos estudos comparando EVAR e reparo cirúrgico aberto quanto à mortalidade, complicações, tempo de hospitalização e qualidade de vida. A qualidade metodológica foi avaliada, e os dados analisados por meio de síntese narrativa e meta-análise quando aplicável. Resultados: Foram incluídos 25 estudos com 15.432 pacientes. O EVAR demonstrou menor mortalidade perioperatória (3,2% vs. 7,8%) e menos complicações imediatas comparado ao reparo aberto, além de menor tempo de hospitalização (3,8 dias vs. 7,2 dias) e melhor qualidade de vida a curto prazo. No entanto, o EVAR apresentou maior necessidade de reintervenções a longo prazo (5,9% vs. 2,4%). O reparo aberto mostrou maior durabilidade com menor taxa de complicações tardias. Conclusão: O EVAR é vantajoso para pacientes de alto risco ou com comorbidades devido aos benefícios imediatos. Contudo, a maior necessidade de reintervenções limita sua eficácia a longo prazo. O reparo aberto permanece preferido para pacientes jovens ou com anatomias adequadas devido à sua durabilidade. A escolha entre as duas técnicas deve ser personalizada, considerando o perfil do paciente e características do aneurisma. Estudos futuros devem focar na melhoria da durabilidade dos dispositivos endovasculares e na redução das complicações do EVAR.

Publicado

2024-09-02