IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE ASMA ALÉRGICA E NÃO ALÉRGICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n54-164Palavras-chave:
Imunopatologia, Fenótipos Asmáticos, Terapia Personalizada, Biomarcadores ClínicosResumo
A asma é uma doença respiratória crônica caracterizada por inflamação das vias aéreas e obstrução ao fluxo aéreo de intensidade variável. A asma alérgica geralmente está associada à sensibilização IgE-mediada a alérgenos ambientais (ácaros, pólen, pelos de animais), enquanto a asma não alérgica envolve mecanismos inflamatórios não dependentes de IgE e pode ser relacionada a infecções virais, irritantes ocupacionais, poluição e fatores hormonais. O objetivo desta revisão integrativa é analisar a importância do diagnóstico diferencial entre asma alérgica e não alérgica, com ênfase nas implicações para o manejo clínico e na escolha terapêutica individualizada. A busca foi realizada nas bases de dados SciELO, BVS e PubMed, considerando publicações entre 2019 e 2024. Utilizaram-se descritores em português e inglês — “asma alérgica”, “asma não alérgica”, “diagnóstico diferencial”, “allergic asthma”, “non-allergic asthma”, “differential diagnosis” — combinados com o operador booleano AND. Foram aplicados filtros para selecionar artigos em texto completo, estudos em população humana, publicados em português, inglês ou espanhol, e trabalhos originais, revisões sistemáticas e revisões narrativas relevantes. Do total inicial de artigos identificados na triagem, após remoção de duplicatas e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 artigos para análise final. Os estudos revisados mostraram diferenças consistentes entre os dois fenótipos: alterações imunológicas e resposta IgE positivas foram predominantes na asma alérgica, enquanto a asma não alérgica frequentemente apresentou neutrofilia das vias aéreas, pior resposta a corticosteroides inalados em alguns casos e associação com desencadeantes não atópicos. Esses achados reforçam que o diagnóstico diferencial entre asma alérgica e não alérgica é crucial na prática clínica para otimizar o tratamento, reduzir exacerbações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, além de subsidiar decisões sobre terapias personalizadas e medidas preventivas.
Downloads
Referências
AGUIAR, LJPC et al. Asma infantil. Brazilian Journal of Health Review, v. 7, n. 1, p. 71701, 2024.
DELMONDES, LC de B. et al. Asma infantil: terapias diagnósticas e manejo terapêutico. Brazilian Journal of Health Review, v. 8, n. 1, p. 79824, 2025.
LIMA, M. et al. Asma não controlada em crianças e adolescentes expostos aos agrotóxicos. Cadernos de Saúde Pública, v. 37, n. 5, e00072220, 2021.
MANSO, GSA et al. Fatores de risco e manejo da asma na infância. Revista de Acadêmicos e Egressos da Medicina - RaMED, v. 5, n. 1, p. 16944, 2023.
MARQUES, C. P. C. Epidemiologia da asma no Brasil, no período de 2016 a 2020. Research, Society and Development, v. 11, n. 8, e288, 2022.
NATALI, R.M.T et al. Perfil de internações hospitalares por doenças respiratórias em crianças e adolescentes da cidade de São Paulo, 2000-2004. Revista Paulista de Pediatria, v. 29, n. 4, p. 584-590, 2021.
SÁ, J. B. et al. Recomendações para o manejo da asma grave em crianças. Epitaya, v. 29, n. 5, 2024.
SANTOS, YRA et al. Características epidemiológicas e de morbimortalidade hospitalar da asma brônquica notificadas no Sistema Único de Saúde do Brasil no período de 2008 a 2023. Revista Médica de São Paulo, v. 104, n. 2, p. e232882, mar.-abr. 2025.
SILVA, R. et al. Fatores de risco e manejo da asma na infância. Revista Brasileira de Saúde, 2023.
SILVA, F. et al. Prevalência e fatores de risco para asma em escolares de Porto Alegre, Brasil. Jornal de Pediatria, v. 96, p. 432-438, 2020.
VIEIRA, J. T. C. et al. Análise hospitalar dos casos de asma em crianças e adolescentes no Brasil. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 9, p. 4047-4058, 2024.
XU, B. et al. Seasonal association between viral causes of hospitalised acute lower respiratory infections and meteorological factors in China: a retrospective study. Scientific Reports, v. 10, p. 1-9, 2020.