Análise sobre o uso da terra no município de Gandu, Baixo Sul Baiano: Interação da cultura cacaueira com o bioma de Mata Atlântica
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv15n38-075Palabras clave:
Uso da terra, Cacau, Agrofloresta, Mata Atlântica, BahiaResumen
A presente pesquisa tem como objetivo analisar o uso da terra no município de Gandu, no Baixo Sul baiano, e a interação da cultura cacaueira com o bioma da Mata Atlântica. Como metodologia, foram realizados levantamentos teóricos e empíricos sobre a diversidade fitofisionômica, uso da terra e algumas espécies do bioma da Mata Atlântica, bem como sua relação agroecológica com a cultura cacaueira. Foram feitas entrevistas e aplicados questionários sobre a relação da produção cacaueira com a floresta, visitas de campo a fazendas de cacau, fotografias da mata (câmara fotográfica), do cultivo do cacau no município e também a identificação de espécies de maior incidência na paisagem, uso do sistema SIG (Sistema de Informação Geográfica) como banco de dados geográficos para a análise de dados geoespaciais e geração de mapa de localização e uso da terra. Os resultados obtidos revelam que a maioria dos entrevistados diz que houve degradação na cobertura vegetal do bioma nas últimas décadas, a grande maioria afirma que a preservação da floresta está associada ao cultivo do cacau, e que sem ele, a devastação da floresta foi maior para implantação de outras culturas como pecuária, banana e culturas de subsistência na época da vassoura- de-bruxa. O trabalho de campo, juntamente com as imagens de satélite, mostra que a floresta está bastante alterada e isso está associado ao uso da terra: denominadas de capoeirinha, capoeira e capoeirão e fragmentos mais ou menos preservados da floresta ombrófila nativa em áreas montanhosas. Conclui-se que, a relação da cultura é a prática de uso da terra mais recorrente e antiga do município de Gandu-Ba e que mesmo com as alterações na floresta ombrófila densa, a cultura cacaueira contribui para a conservação do bioma de Mata Atlântica através do seu Sistema Agroflorestal (SAF) que conserva parte da floresta para o sombreamento exótico.