LEI MARIA DA PENHA: A (IN) EFICÁCIA DAS MEDIDAS DE URGÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n52-005Palavras-chave:
Lei Maria da Penha, Tipologia da Violência, Das Medidas Protetivas, Ineficácia, Contribuição das Instituições EstataisResumo
O presente estudo tem, como objeto, a análise da ineficácia das Medidas Protetivas de Urgência, dispostas na Lei 13.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha. Para isso, como objetivos, se elencam: realizar a pesquisa identificando quais os fatores que contribuem para ineficácia das medidas protetivas, abordando a origem da Lei Maria da Penha; conceituar os tipos de violência doméstica previstos na referida lei e as fases do ciclo de violência; verificar quais são as medidas protetivas de urgência que obrigam o agressor e à ofendida; e, por fim, analisar como as instituições, Poder Judiciário, o Ministério Público, a Polícia e o Estado contribuem para a ineficácia das medidas de urgência. Para tanto, utilizou-se o método dedutivo, através de revisão doutrinária e análise legal e jurisprudencial, além de dados do Conselho Nacional de Justiça. Como resultado parcial, se pode apontar que há uma necessidade de aprimoramento da legislação e das políticas públicas destinadas à violência doméstica.
Downloads
Referências
ÁVILA, T. A. P. D. Lei Maria da Penha: Uma análise dos novos instrumentos de proteção às mulheres. Jus Navigandi, Teresina, v. 29, 2007. UFSC. Disponível em: https://egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/13477-13478-1-PB.pdf.
BACHERA, V; PANHO, I. Apenas 10% das delegacias da mulher do país funcionam 24h: veja mapa. Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/apenas-10-das-delegacias-da-mulher-do-pais-funcionam-24h-veja-mapa/. Acesso em 8 mar. 2025.
BARRETO. W. Lei concede auxílio-aluguel para mulher vítima de violência. Agência Senado. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/09/15/lei-concede-auxilio-aluguel- para-mulher-vitima-de-violencia. Acesso em 2 abr. 2025.
BRASIL. Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003. Institui o Sistema Nacional de Notificação e Agravos de Violência Contra a Mulher. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 nov. 2003. Disponível em: http://planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.778.htm. Acesso em 04 abr. 2025
BRASIL. Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm. Acesso em 7 abr. 2025.
BRASIL. Projeto de Lei nº 161590. Senado Federal, Brasília, 2025. Disponível em:
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/161590. Acesso em 8 abr. 2025.
BRASIL. CNJ. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Painel Estatísticas - Justiça em Números. Disponível em: https://justica-em-numeros.cnj.jus.br/painel-estatisticas/. Acesso em 2 abr. 2025, às 16h11 (Horário de Brasília).
BRASIL. CNJ. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. CNJ lança novo painel para monitorar processos de violência contra a mulher na Justiça. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/cnj-lanca-novo-painel-para-monitorar-processos-de-violencia-contra-a- mulher-na-justica/. Acesso em 2 abr. 2025
BRASIL. STJ. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Medidas protetivas da Lei Maria da Penha devem ser aplicadas sem prazo determinado. Disponível em: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/2024/14112024-Medidas-protetivas-da-Lei-Maria-da-Penha-devem-ser-aplicadas-sem-prazo-determinado.aspx. Acesso em 31 mar. 2025.
CARRERAS. F. CÂMARA DOS DEPUTADOS. Ficha de tramitação da proposição nº 2293774. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2293774. Acesso em 2 abr. 2025.
CAVALCANTE, E. C. M. Apontamentos sobre as medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha. Cadernos Jurídicos da Escola Paulista da Magistratura, São Paulo, 15, Jan- Abril 2014.
DIAS, M. B. A Lei Maria da Penha na Justiça. 5. ed. Salvador: JusPODIVM, 2019. p. 376.
INSTITUTO MARIA DA PENHA. Quem é Maria da Penha?. Disponível em: https://www.institutomariadapenha.org.br/quem-e-maria-da-penha.html. Acesso em 18 mar. 2025.
INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAMÍLIA. Lei determina que agressores, em caso de violência doméstica, frequentem cursos de reeducação e recebam acompanhamento psicossocial. Disponível em: https://ibdfam.org.br/noticias/7211/Lei+determina+que+agressores,+em+caso+de+viol%C3%AAncia+dom%C3%A9stica,+frequentem+cursos+de+reeduca%C3%A7%C3%A3o+e+receba m+acompanhamento+psicossocial. Acesso em 2 abr. 2025.
LIMA, A. F. S.; DE SOUZA, B. M. V.; COELHO, M. S. R. De Gabriela, Cravo e Canela à atualidade: a violência doméstica, a dependência financeira e os desafios das medidas protetivas no Brasil. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação – REASE, v. 11, n. 3, p. 413-434. 2025. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/18302/10616. Acesso em 8 abr. 2025.
LOSSCHI. M. Mesmo com Lei Maria da Penha, somente 2,4% dos municípios oferecem casas-abrigo. Agência de Notícias IBGE, Rio de Janeiro, 24 fev. 2020. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/25518-mesmo-com-lei-maria-da-penha-somente-2-4-dos-municipios-oferecem-casas-abrigo . Acesso em 8 abr. 2025.
METRÓPOLES. Violência familiar: 582 mil medidas protetivas foram concedidas em 2024. Metrópoles, Brasília, 10 mar. 2025. Disponível em: https://www.metropoles.com/conteudo- especial/violencia-familiar-582-mil-medidas-protetivas-foram-concedidas-em-24.
NETO, R. F. A violência doméstica contra a mulher e a transversalidade de gênero. Salvador: Juspodivm - Coleção Ciências Criminais, 2018.
OLIVEIRA, F. S. Maria da Penha: a medida protetiva e sua ineficácia diante do feminicídio. Revista Direito em foco: a pesquisa e o conhecimento como substâncias elementares de cidadania, v. 3, n. 2, p. 106-113, 2025. Disponível em: https://www.poisson.com.br/livros/individuais/Direito_cidadania/volume3/ Acesso em 8 abr. 2025.
PIRES, A.; SCHEMES, C.; KESKE H. A. G.; MAGALHÃES, M. L; Violência contra a mulher: reconhecimento, legislação e a sanção do feminicídio. Revista NUPEM, v. 10, n.21 p. 93-109, 2018. disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/5892/589279124007.pdf.
PORTO, P. R. D. F. Violência doméstica e familiar contra a mulher: Lei 11.340/06: análise crítica e sistêmica. 4. ed. Porto Alegre: Livro do advogado, 2021.
ROCHA, C. R.; KESKE, A. G. Lei Maria da Penha como marco regulatório a dar visibilidade à violência contra a mulher. XXVIII ENCONTRO NACIONAL DO CONPEDI GOIÂNIA – GO. GÊNERO, SEXUALIDADES E DIREITO II, Goiânia, 2019. p.82-100.
SCARPIM, J. L; RUTTE, I.; BUIAR, J. L. D. S; CORDEIRO, M. Aplicação das medidas protetivas da Lei Maria da Penha na proteção de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Revista Multidisciplinar do UniSantaCruz, v. 3, n.1. 2025. Disponível em: https://periodicos.unisantacruz.edu.br/index.php/revmulti/article/view/448.
TELES, J. C. D. S.; XAVIER, L. S.; OLIVEIRA, R. J. D. Ineficácia das medidas protetivas em caso de violência doméstica (direito). Revista ICESP. Núcleo Interdisciplinar de pesquisa, 3, n. 2, 2024. Disponível em: <https://revistas.icesp.br/index.php/Real/article/view/6165/3775>.
ZALUAR, A. M. Violência e Crime. In: MICELI, Sergio (Org.). O que ler na Ciência Social
Brasileira. (1970-1995). São Paulo: Editora Sumaré/ANPOCS, 1999, v. 1, p. 15-107.