SUCESSÃO DE EMBRIÕES CONCEBIDOS POST MORTEM À LUZ DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Autores

  • Nathaly Cristiny dos Santos Moura Author
  • Clóvis Marques Dias Júnior Author

DOI:

https://doi.org/10.56238/levv16n47-058

Palavras-chave:

Sucessão hereditária, Embriões post mortem, Regulamentação, Segurança jurídica

Resumo

O estudo aborda a sucessão hereditária de embriões concebidos post mortem, destacando a necessidade de regulamentação para garantir segurança jurídica e evitar conflitos patrimoniais. A falta de um prazo definido para o uso do material genético criopreservado pode gerar instabilidade nas questões sucessórias, tornando urgente a criação de diretrizes específicas. A análise comparativa com ordenamentos jurídicos estrangeiros, como o caso Alain Parpalaix na França, demonstra que a problemática não é exclusiva do Brasil. A França, por exemplo, adotou uma interpretação mais flexível da autonomia da vontade, permitindo o uso do material genético com base na intenção presumida do falecido. Em contrapartida, o Brasil, conforme a jurisprudência do STJ, adota uma postura mais cautelosa, exigindo manifestação formal e inequívoca do cônjuge falecido para legitimar a reprodução post mortem, priorizando segurança jurídica e os efeitos sucessórios. A pesquisa conclui que é essencial a regulamentação da sucessão de embriões concebidos post mortem para assegurar a adequação do direito sucessório às inovações biotecnológicas. A criação de normas específicas garantirá uma abordagem equilibrada, alinhada aos avanços na reprodução assistida, e evitará decisões contraditórias. A falta de regulamentação compromete a coerência normativa, sendo urgente a criação de um arcabouço jurídico claro e específico para dar previsibilidade às relações patrimoniais e familiares em constante transformação.

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Publicado

2025-04-17

Como Citar

MOURA , Nathaly Cristiny dos Santos; DIAS JÚNIOR , Clóvis Marques. SUCESSÃO DE EMBRIÕES CONCEBIDOS POST MORTEM À LUZ DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. LUMEN ET VIRTUS, [S. l.], v. 16, n. 47, p. 3737–3749, 2025. DOI: 10.56238/levv16n47-058. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/LEV/article/view/4524. Acesso em: 5 dez. 2025.