A memória na perspectiva dos multíscios Platão, Aristóteles, Agostinho e Tomás de Aquino

Autores/as

  • Vinícius Fonseca-Nunes Autor/a

DOI:

https://doi.org/10.56238/levv15n39-150

Palabras clave:

Memória, Antiguidade Clássica, Era Medieval

Resumen

As memórias abarcam a mais diversas experiências individuais e coletivas, resguardando um grande rol de experiências, registradas pelos fatos, momentos, eventos, conhecimentos e até pelos sonhos vivenciados, de modo que a nossa forma de utilizar estas memórias está diretamente ligada à nossa relação com o mundo, com o nosso aprendizado e com a nossa percepção particular. Ao tratar da memória, Platão se vale da ideia de um bloco de cera presente na alma de cada indivíduo, onde estão impressas certas imagens, que não são as mesmas para todos. Para Aristóteles não a memória, mas o trabalho da memória é que nos distingue dos demais animais, aquilo que ele denomina de revocação. Do ponto de vista de aristotélico, apenas os seres humanos têm a possibilidade de fazer a revocação. Santo Agostinho trata de um espaço que ele denomina como “palácios da memória”, fazendo a referência de que o espírito é a própria memória do ser humano. Santo Tomás de Aquino considerou que o objeto da memória seria o passado, de modo que a memória seria particulamente, para ele, uma potência sensitiva interna e, também, uma potência intelectiva. De fato, pode-se afirmar que a memória, que também cria a nossa identidade, é vivida e vivenciada de forma muito peculiar no interior de cada subjetividade humana.

Publicado

2024-09-05