Desafios contemporâneos na adesão à imunização infantil no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv15n39-092Palabras clave:
Vacinas, Imunização Infantil, Saúde Pública, Movimentos AntivacinaResumen
A imunização infantil é uma estratégia crucial para prevenir doenças e reduzir a morbimortalidade infantil, desempenhando um papel vital na saúde pública. No entanto, o Brasil enfrenta desafios crescentes com a baixa adesão à vacinação infantil, impactando negativamente a saúde das crianças e da população em geral. Este estudo, de natureza qualitativa e descritiva, realiza uma revisão integrativa da literatura para identificar os principais fatores que influenciam essa baixa adesão, analisando publicações entre 2018 e 2023 nas bases de dados BVS, Scielo e PubMed. Dos 91 estudos inicialmente identificados, 10 foram selecionados para análise aprofundada. A discussão abrange o histórico da vacinação infantil, a importância das vacinas, e os fatores que contribuem para a baixa cobertura vacinal, como desinformação, fatores sociodemográficos, movimentos antivacina, influências culturais e religiosas, além de deficiências na infraestrutura e na qualificação dos profissionais de saúde. A perda do certificado de erradicação do sarampo em 2016 e a piora da situação durante a pandemia por Covid-19 e o retorno da febre amarela evidenciaram a urgência desse problema. A mídia, os aspectos socioculturais e a ineficácia das Unidades Básicas de Saúde são determinantes para o atual cenário. Conclui-se que uma abordagem holística, que inclua a expansão das UBS em áreas vulneráveis, a conscientização através de programas educacionais e a preparação adequada dos profissionais de saúde desde a formação acadêmica, é essencial para melhorar a adesão à imunização infantil e reverter esse quadro preocupante.