DIAGNÓSTICOS E COMPLICAÇÕES DE NEONATOS DE MÃES COM COVID-19 POSITIVO
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv15n43-121Palabras clave:
Neonatologia, Recém-nascido, COVID-19Resumen
Introdução: Gestantes e recém-nascidos foram caracterizados como grupo de risco durante a pandemia do vírus SARS-CoV-2. A transmissão vertical da mãe para o recém-nascido ainda parece ser improvável, existindo na literatura uma lacuna a respeito do tema. Objetivos: Identificar os diagnósticos dos recém-nascidos filhos de mãe que estavam infectadas pelo SARS-COV-2 no momento do parto, admitidos em Alojamento Conjunto ou Unidade de Terapia Intensiva Neonatal em um hospital do interior do estado de São Paulo. Metodologia: A pesquisa foi desenvolvida em um Hospital Terciário do Interior do estado de São Paulo, através de estudo transversal por meio da análise documental de prontuários médicos de recém-nascidos com 0 dias de vida até sua alta, admitidos em Alojamento Conjunto e UTI neonatal, cujas mães foram positivadas com COVID-19 no parto, no período de 31 de dezembro de 2019 a 30 de setembro de 2022. Resultados: Um total de 112 recém-nascidos de mães com diagnóstico de COVID-19 foi identificado. Destes, 100 foram alojados conjuntamente após o nascimento, enquanto 12 foram transferidos para a UTIN. A média de internação foi de 8 dias na UTIN e mais 4 dias no alojamento conjunto, totalizando 12 dias de internação. Todos os recém-nascidos foram amamentados e apresentaram sinais de desconforto respiratório, a maioria leve. Apenas um necessitou de ventilação mecânica invasiva, seis de ventilação mecânica não invasiva, e todos receberam oxigênio. A maioria não apresentou alterações radiológicas, e todos tiveram resultado negativo no teste RT-PCR. Quanto aos exames laboratoriais, as pontuações variaram, com metade dos recém-nascidos nascendo por parto normal e apenas 3 dos 12 considerados prematuros. Conclusão: A presença da COVID-19 em mães não causou impactos substanciais adicionais nos recém-nascidos, e nenhum dos neonatos testados recebeu diagnóstico positivo para a doença, indicando ausência de transmissão vertical. É fundamental realizar mais estudos para obter uma compreensão abrangente do perfil desse grupo populacional, incluindo investigações mais aprofundadas sobre as possíveis vias de contaminação dos recém-nascidos, de preferência utilizando uma amostra mais ampla.