Análise de impactos gerados pela pandemia de COVID-19 nos processos frigoríficos e na rotina de trabalhadores: O caso de um frigorífico de Cacoal-RO

Autores/as

  • Reginaldo Roque de Araujo Autor/a
  • Daniel Andrade de Jesus Autor/a
  • Lucélia Largura do Vale Vidigal Autor/a
  • Ademir Luiz Vidigal Filho Autor/a
  • Valdinei Leones de Souza Autor/a
  • Ademilson de Assis Dias Autor/a
  • Daniel Kenny Máximo Alves Autor/a
  • Naiara Meireles de Souza Autor/a

DOI:

https://doi.org/10.56238/levv15n39-085

Palabras clave:

Processo de abate bovinos, SARS-CoV-2, Rotina de frigorífico, Impactos profissionais

Resumen

Este trabalho analisou os impactos gerados pela pandemia de Covid-19 nos processos frigoríficos e na rotina de trabalhadores de um frigorífico da cidade de Cacoal - RO. A pesquisa foi descritiva e exploratória com método dedutivo e abordagem qualitativa e quantitativa. Para analisar os impactos gerados pela pandemia nos processos frigoríficos, no primeiro momento, uma análise documental foi realizada nos documentos do frigorífico para analisar a quantidade de ausências do trabalho, como também foram analisados os impactos considerando a quantidade e peso médio de abates de bovinos. No segundo momento, para analisar os impactos gerados na rotina dos trabalhadores, um questionário foi aplicado com os trabalhadores do frigorífico estudado. Os principais resultados obtidos em relação aos impactos nos processos frigoríficos foram: o ano de 2017 teve a maior quantidade de abates bovinos com 70630 cabeças abatidas, seguido do ano de 2020 com 70438 cabeças abatidas. Considerando o peso médio abatido, o ano de 2021 foi o que teve o maior peso médio com 21,36 arrobas, seguido do ano de 2020 com 18,59 e 2022 com 18,06. Em relação aos impactos na vida dos trabalhadores, os principais resultados foram que: 49% dos trabalhadores entrevistados foram afastados mais de uma vez do trabalho por suspeita e os que foram afastados do trabalho por diagnóstico por meio de exame foi de 47%. Logo, 43% dos confirmados com Covid-19 acreditam que a empresa prestou toda a assistência possível. Além disso, 78% dos trabalhadores acreditam que o uso de equipamentos de proteção individual e ações preventivas da empresa foram importantes durante a pandemia para reduzir a contaminação do vírus dentro do frigorífico. Ainda, 70% dos trabalhadores enxergaram que a pandemia de Covid-19 interferiu negativamente na execução de tarefas dentro do frigorífico. O percentual de colaboradores ficou com receio de perder o emprego no pico da pandemia (2020 e 2021) foi 70% e após o pico da pandemia (2022) foi de 54%. Além disso, 39% acreditam que passaram a ingerir mais bebidas alcoólicas devido a pandemia e a falta de interação familiar (isolamento social) foi apontada como uma das maiores dificuldades enfrentadas. Esse estudo pode ser utilizado como base para outros estudos envolvendo frigoríficos de Rondônia e do Brasil.

Publicado

2024-08-27