REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE A INCIDÊNCIA DE PARTO VAGINAL E CESARIANAS NO BRASIL NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv15n43-045Palabras clave:
Parto Vaginal, Cesariana, Saúde Pública, Políticas de Saúde, BrasilResumen
Este estudo revisou a incidência de partos vaginais e cesarianas no Brasil nos últimos dez anos, com o objetivo de analisar as tendências dessas modalidades de parto e os fatores associados à escolha. A pesquisa revelou que, apesar de algumas regiões apresentarem redução nas taxas de cesariana, o Brasil ainda possui uma das maiores taxas do mundo, com cerca de 55% de cesarianas registradas em 2022. A escolha pelo tipo de parto é influenciada por fatores culturais, socioeconômicos e pela estrutura da assistência à saúde. Regiões com maior acesso aos serviços de saúde e maior nível educacional tendem a ter taxas de cesárea mais elevadas, enquanto áreas rurais apresentam maior incidência de partos vaginais. A cultura de preferência pela cesariana, a relação médico-paciente e a falta de políticas públicas que incentivem o parto vaginal seguro são alguns dos fatores que perpetuam esse cenário. A pandemia de COVID-19 também teve impacto, com aumento nas cesarianas devido ao medo de complicações associadas ao parto vaginal. A revisão conclui que é necessário promover a escolha informada do tipo de parto e implementar políticas públicas que incentivem o parto vaginal humanizado, além de fortalecer a educação das gestantes. Estudos futuros devem explorar a combinação de dados quantitativos e qualitativos para uma compreensão mais abrangente das práticas obstétricas no Brasil.