A carranca: Apotropismo ou um desejo materializado da elite sanfranciscana?

Autores/as

  • Douglas Moreira da Silva Autor/a
  • Uillian Trindade Oliveira Autor/a

DOI:

https://doi.org/10.56238/levv15n39-055

Palabras clave:

Carranca, Arte, Oeste Baiano, Rio São Francisco

Resumen

Este artigo objetiva problematizar a carranca, figura de proa das embarcações da região média do Rio São Francisco. Entendendo-a enquanto uma materialização dos anseios políticos da elite local em alcançar o posto de Comarca do São Francisco, configurando a carranca como figura de poder. Aborda a história do oeste baiano atravessado pelo Rio São Francisco e seu início no século XVI. Por fim, discute a figura de proa, que do ponto de vista histórico, foi estabelecida enquanto uma espécie de insígnia nacional. Para além, a própria concepção artística, no que tange a escolha dos animais para o processo de criação da figura carranca propõe diálogo com os signos de figura de proa de outras nações europeias. Quanto à metodologia, lançamos mão da pesquisa bibliográfica, que utiliza livros e artigos como base para sua elaboração. Conclui-se que para os mais pobres, eram associados ao medo. Tal característica se deu pela construção imagética antropozoomórfica e de aspecto de espanto, que lida com o feio, possuía o poder de afastar aquilo que se representa, ou seja, tinha um poder apotropaico para afugentar os seres maléfico que habitariam o rio. Como suporte teórico, lançamos mão de autores como Pardal (1981); Brandão (2009); Santaella (1983).

Publicado

2024-08-20