DANÇA COMO ESTRATÉGIA PARA MELHORAR O EQUILÍBRIO EM JOVENS COM SURDEZ
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv15n42-068Palabras clave:
Surdez, Atividades Corporais, Estabilidade Postural, Reabilitação MotoraResumen
A audição humana desempenha um papel fundamental na qualidade de vida, especialmente no desenvolvimento motor, na percepção espacial e temporal. Estudos indicam que a surdez pode comprometer essas funções, aumentando os riscos de instabilidade corporal e impactando diretamente a mobilidade e a independência. Objetivo: Este estudo buscou analisar os efeitos de intervenções de dança no equilíbrio de crianças surdas. Métodos: Foram incluídas 18 crianças de ambos os sexos, com idades entre 6 e 14 anos, atendidas pelo Serviço de Atendimento à Pessoa Surda (SAPS) da Universidade do Vale do Itajaí. Os participantes foram divididos em dois grupos: intervenção (10 crianças) e controle (8 crianças). O grupo intervenção participou de oito sessões de aulas adaptadas de Hip Hop, enquanto o grupo controle realizou atividades de manipulação e jogos manuais. O equilíbrio foi avaliado por meio do Teste de Berg, composto por 14 tarefas específicas que analisam a estabilidade corporal em diferentes situações. Resultados: Observou-se uma melhora significativa no equilíbrio das crianças do grupo intervenção, evidenciada pelo aumento nos escores do Teste de Berg após as aulas de dança. Em contrapartida, o grupo controle não apresentou alterações relevantes nos mesmos parâmetros. Conclusão: A dança, especialmente o Hip Hop adaptado, revelou-se uma estratégia eficaz para melhorar o equilíbrio em crianças surdas, oferecendo uma abordagem promissora para o desenvolvimento motor e a inclusão social dessa população. Esses achados reforçam a importância de práticas corporais na promoção de saúde e qualidade de vida em crianças com deficiência auditiva.