A imigração do HIV em Portugal: Uma análise histórica da última década

Autores/as

  • Rodrigo Sousa de Carvalho Autor/a
  • Danilo Matos Oliveira Autor/a
  • Andressa Conceição de Maria Melo Oliveira Autor/a
  • Sarah Castro Fernandes Freitas Kerche Autor/a
  • Sara Pereira de Souza Autor/a
  • Luís Gustavo Bogea Moreira Dutra Autor/a
  • Guilherme Melo de Oliveira Autor/a
  • Sarah Camila Valesi Machado Autor/a
  • Thainá de Paula Silva Autor/a
  • Layon Robson Silva de Moraes Autor/a
  • Samara Maria Pessoa de Amorim Autor/a
  • Gilly Vileneuve Ferreira de Souza Autor/a

DOI:

https://doi.org/10.56238/levv15n38-100

Palabras clave:

HIV, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, Imigração, Saúde Pública, Portugal

Resumen

Portugal enfrenta uma das mais altas incidências de infecção por HIV na Europa Ocidental, embora tenha observado uma redução gradual no número de novos casos nas últimas décadas, de 1941 em 2007 para 1220 em 2014. Este estudo realizou uma análise histórica da imigração do HIV em Portugal ao longo da última década, destacando o papel dos imigrantes, especialmente provenientes da África Subsaariana, que representam 17% dos novos casos registrados. Utilizando uma pesquisa bibliográfica baseada em artigos científicos, capítulos de livros e documentos do Ministério da Saúde, o estudo revela uma transição na gestão da toxicodependência de um modelo repressivo para uma abordagem mais compreensiva e de saúde pública, iniciada no início do milênio. Apesar da tendência de diminuição geral dos novos casos, a pesquisa destaca que 31% dos novos pacientes tinham uma contagem de linfócitos CD4 + inferior a 200 células/µL no diagnóstico, indicando diagnóstico tardio e possível falta de acesso a cuidados adequados. O estudo aponta que a população imigrante enfrenta desafios significativos relacionados ao isolamento social, condições precárias de vida e estigmatização, fatores que agravam o risco de infeção e dificultam o acesso a serviços de saúde. A necessidade de estratégias de saúde pública direcionadas à educação, prevenção e inclusão social é enfatizada, com um foco especial na população jovem e na formação de prestadores de cuidados de saúde para lidar com a multiculturalidade.

Publicado

2024-07-31