ADENOMA PLEOMÓRFICO DE GLANDULA SALIVAR: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO, UMA REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv15n42-018Palabras clave:
Adenoma Pleomórfico, Glândula Salivar, Diagnóstico e TratamentoResumen
O adenoma pleomórfico (AP) é o tumor benigno mais comum das glândulas salivares, representando cerca de 60% dos casos, e pode, raramente, evoluir para malignidade devido a alterações genéticas. Embora de crescimento lento e indolor, exige diagnóstico diferencial preciso, especialmente com outros tumores como carcinoma mucoepidermoide. O AP afeta principalmente adultos entre 30 e 60 anos, sendo mais comum em mulheres e na glândula parótida, mas também pode acometer outras áreas como o palato e lábio superior. Sua etiologia é controversa, e fatores de risco incluem tabagismo, radiação e predisposição genética. O diagnóstico é confirmado por biópsia, e a transformação maligna, embora rara, pode levar ao carcinoma ex-adenoma pleomórfico, com risco de metástase. OBJETIVO: compilar e analisar criticamente as pesquisas já realizadas, oferecer uma visão abrangente dos avanços no diagnóstico, manejo cirúrgico, prognóstico e possíveis complicações, como a transformação maligna. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura sobre o adenoma pleomórfico de glândula salivar. A pesquisa utilizou a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) como fonte de dados e aplicou termos específicos como "adenoma pleomórfico", "glândula salivar", "diagnóstico" e "tratamento", com filtros de idioma (português, inglês e espanhol) e período de publicação (2019-2024). Foram selecionados 32 estudos após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. Embora não necessite de aprovação ética, a revisão segue boas práticas científicas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADOS E DISCUSSÕES: A análise dos estudos revela que o adenoma pleomórfico (AP) apresenta características clínicas e histopatológicas variadas, sendo indispensáveis métodos diagnósticos eficazes e abordagens terapêuticas adequadas. A ultrassonografia e a tomografia computadorizada são úteis na avaliação inicial, mas a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) continua sendo o método padrão para confirmação diagnóstica. O tratamento cirúrgico, com ressecção completa e margens de segurança, é essencial para prevenir recidivas, que podem ocorrer em até 45% dos casos, dependendo da técnica utilizada. A transformação maligna, embora rara, pode levar ao carcinoma ex-adenoma pleomórfico, uma condição agressiva que requer intervenções cirúrgicas ampliadas e, em alguns casos, radioterapia. Estudos recentes destacam o papel promissor de marcadores moleculares como PLAG1 e HMGA2 no diagnóstico e prognóstico, especialmente em casos de transformação maligna. CONCLUSÃO: O manejo do adenoma pleomórfico de glândula salivar requer um diagnóstico preciso, utilizando métodos de imagem e PAAF, além de tratamento cirúrgico adequado para minimizar recidivas e evitar transformação maligna. O avanço em marcadores moleculares oferece novas possibilidades no diagnóstico precoce e prognóstico, reforçando a importância de um seguimento pós-operatório rigoroso para o monitoramento de complicações.