EL MODELO DE ORGANIZACIÓN DEL TRABAJO EN OFICINA EN CASA Y SUS POSIBLES REPERCUSIONES EN LA SUBJETIVIDAD
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n55-037Palabras clave:
Home Office, Organización del Trabajo, Subjetividad, Psicodinámica del TrabajoResumen
Considerando las transformaciones estructurales en las formas de organización del trabajo, impulsadas por la lógica neoliberal y la difusión de las tecnologías digitales, este estudio buscó comprender de qué modo el modelo de home office repercute en la subjetividad de los trabajadores. El objetivo fue analizar las implicaciones de esta modalidad sobre los procesos de reconocimiento, identidad y salud mental, a la luz de la Psicodinámica del Trabajo (PdT), conforme fue teorizada por Christophe Dejours. Para ello, se realizó una investigación bibliográfica de enfoque cualitativo, basada en referentes teóricos que discuten la relación entre trabajo, subjetividad y neoliberalismo, como Dejours, Antunes, Harvey y Dubar. Los resultados indican que el home office configura una reorganización estructural de las relaciones laborales, al redefinir las dinámicas de tiempo, espacio y reconocimiento, ampliando la distancia entre el trabajo prescrito y el trabajo real. Se observó que, en ausencia de reconocimiento simbólico, cooperación y mediaciones colectivas, esta forma de organización tiende a producir sufrimiento patogénico y fragilidad identitaria; en cambio, cuando está mediada por condiciones favorables de autonomía y diálogo, puede propiciar placer y sentido en la actividad laboral. Se concluye que la experiencia subjetiva en el home office requiere una articulación ética entre trabajador, organización y Estado, a fin de garantizar que la flexibilización del trabajo preserve el reconocimiento, la salud psíquica y la dignidad del sujeto.
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