EMPATIA E ACOLHIMENTO: O QUE PODEMOS APRENDER COM A EXPERIÊNCIA DE FAMILIARES DE PACIENTES CRÍTICOS?

Autores

  • Rosimeire Angela de Queiroz Soares Author
  • Giullia Coimbra Capella Amorim Author
  • Damaris Higa Lemos Santos Author
  • Luciana Fiorella Santillán Vilchez Author

DOI:

https://doi.org/10.56238/levv16n54-131

Palavras-chave:

Acolhimento, Unidade de Terapia Intensiva, Humanização, Trabalho Interprofissional, Formação Profissional

Resumo

Introdução: O acolhimento nos serviços de saúde é uma prática ética e humanizada, fundamentada na escuta qualificada, vínculo e empatia, sendo essencial em ambientes de alta complexidade como as Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A presença da família contribui para a recuperação do paciente, desde que haja acolhimento adequado, embora fatores como sobrecarga de trabalho e infraestrutura possam dificultar sua efetivação. Objetivo: Analisar a percepção dos acompanhantes de pacientes sobre o acolhimento recebido pelos profissionais nas unidades de terapia intensiva adulto. Método: Estudo exploratório e descritivo, de abordagem qualiquantitativa, realizado com 13 acompanhantes na sala de espera da UTI de um hospital público em São Paulo. Utilizou-se o instrumento INFIT para coleta de dados. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE: 87969025.8.0000.547). Resultados: A maioria dos participantes relatou percepção positiva quanto ao acolhimento: 77% acreditam que o melhor cuidado é oferecido quase sempre; 85% afirmaram ser tratados com amabilidade; 92% consideraram as informações honestas e 85% compreenderam o quadro clínico e procedimentos. Aspectos menos favoráveis referem-se ao conforto físico: apenas 8% sentiram-se confortáveis durante a visita ou na sala de espera.  Os acompanhantes relataram uma percepção de trabalho conjunto, sem distinguir classe profissional, revelando a importância do trabalho interprofissional. Conclusão: O estudo evidencia que acompanhantes percebem acolhimento principalmente pela clareza e honestidade das informações e pela amabilidade da equipe indistintamente, desvelando a importância da interprofissionalidade. Contudo, persistem fragilidades relacionadas ao conforto físico e ao suporte emocional, indicando necessidade de estratégias para ampliar a humanização do cuidado na UTI.

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Publicado

2025-11-20

Como Citar

SOARES, Rosimeire Angela de Queiroz; AMORIM, Giullia Coimbra Capella; SANTOS, Damaris Higa Lemos; VILCHEZ, Luciana Fiorella Santillán. EMPATIA E ACOLHIMENTO: O QUE PODEMOS APRENDER COM A EXPERIÊNCIA DE FAMILIARES DE PACIENTES CRÍTICOS?. LUMEN ET VIRTUS, [S. l.], v. 16, n. 54, p. e10342, 2025. DOI: 10.56238/levv16n54-131. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/LEV/article/view/10342. Acesso em: 5 dez. 2025.