SABERES DE CURA: PERSPECTIVAS PARA O TRABALHO COM O GÊNERO RECEITA NA SALA DE AULA
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n49-076Palavras-chave:
Saberes, Interculturalidade, Prática pedagógicaResumo
Este trabalho visa propor uma prática pedagógica baseada nas narrativas de saberes de cura, integrando oralidade, leitura, escrita e escuta de receitas de uso de plantas medicinais. Esta abordagem une saberes populares e práticas de letramento, revelando identidade e memória no contexto escolar. Tomamos como ponto de partida a memória dos saberes geracionais transmitidos pelos familiares mais velhos, numa construção dialógica de saberes que se aglutinam dentro da escola e se manifestam em um currículo que prioriza vivências e memórias relevantes na contemporaneidade, reativando os saberes ancestrais. Esta proposta tem como objetivo reunir e associar os saberes tradicionais aos saberes formais abordados em sala de aula e revelados no âmbito familiar. De acordo com Tadeu (2013), a integração de saberes populares ao currículo escolar enriquece o processo educativo. Sousa (2000) argumenta que a oralidade é uma ferramenta poderosa na transmissão de conhecimentos tradicionais. Lima (2003) destaca a importância das práticas de letramento na valorização da identidade cultural dos estudantes. Marcuschi (2010) aponta a relevância da escrita e da leitura na construção de conhecimento significativo. Oliveira (2018) enfatiza a escuta como elemento fundamental na aprendizagem sobre plantas medicinais. Dolz (2011) salienta a necessidade de um currículo que valorize as memórias e vivências dos alunos.