ANÁLISE ESPACIAL E TEMPORAL PARA OS CASOS DE DENGUE NA PARAÍBA
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n51-083Palavras-chave:
Análise Espacial, Análise Temporal, DengueResumo
Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das arboviroses de maior impacto global, a dengue apresenta incidência crescente nas últimas décadas, atingindo países tropicais e subtropicais, onde fatores climáticos, urbanização acelerada e infraestrutura urbana insuficiente favorecem a disseminação do vetor. Este artigo se concentra em realizar uma análise espacial e temporal para os casos de Dengue na Paraíba. A análise espacial de dados de áreas é utilizada em geoprocessamento quando a ocorrência do fenômeno em estudo é mensurada a partir de dados agregados por área, como é o número de casos de Dengue por cidade. Uma série temporal é um conjunto de observações ordenadas (no tempo). A análise de séries temporais constitui em um método estatístico que pode ser empregado para o planejamento de ações e políticas públicas, pois permite realizar previsões de eventos futuros, a partir de dados passados. Os dados foram obtidos no site do Ministério da Saúde/SVSA - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net. Utilizou-se o software R para fazer as análises. Com os resultados da análise espacial observou-se que no ano de 2022 a Paraíba obteve muitos casos de Dengue e as cidades com maiores casos foram: João Pessoa (10611), Juazeirinho (1357) e Pombal (1025). Podemos observar também que houve uma diminuição no número de casos de Dengue na Paraíba de 2022 a 2025. Na análise temporal foi preciso transformar os dados em distribuição Normal para aplicar a técnica de Box-Jenkis. O modelo mais adequado foi o modelo ARIMA(3,1,1), que obteve os menores valores para os critérios de seleção, os resíduos também satisfez as condições e os valores previstos ficaram dentro do intervalo de confiança.
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