SAÚDE MENTAL NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: IMPACTOS DAS RELAÇÕES SOCIAIS, TECNOLÓGICAS E ECONÔMICAS
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n50-056Palavras-chave:
Determinantes Sociais da Saúde, Exclusão Digital, Redes Sociais, Saúde MentalResumo
Introdução: A saúde mental tem emergido como uma das principais preocupações da sociedade contemporânea, especialmente diante das transformações provocadas pelas novas formas de sociabilidade, pela intensificação das tecnologias digitais e pelas instabilidades econômicas. O sofrimento psíquico tornou-se mais visível e multifacetado, exigindo análises que articulem os aspectos sociais, culturais e subjetivos do adoecimento. Objetivo: Analisar os impactos das relações sociais, econômicas e tecnológicas sobre a saúde mental na sociedade contemporânea. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica desenvolvida a partir da análise de artigos científicos publicados entre 2018 e 2025, selecionados nas bases SciELO, Google Acadêmico e periódicos institucionais. Foram incluídos apenas textos que abordassem a saúde mental sob uma perspectiva crítica, interdisciplinar e contextualizada. A análise foi conduzida com base na leitura interpretativa e na identificação das principais categorias temáticas. Resultados e Discussão: Os resultados indicam que a saúde mental contemporânea é atravessada por fatores como o uso intensivo das redes sociais, a medicalização da vida, a precarização das relações de trabalho, a exclusão digital e o enfraquecimento das redes de proteção social. As juventudes se mostram especialmente vulneráveis, enquanto a lógica neoliberal impõe uma subjetividade voltada à performance emocional, desresponsabilizando o Estado e intensificando o sofrimento individual. Por outro lado, práticas institucionais de acolhimento, políticas públicas intersetoriais e estratégias de cuidado coletivo se revelam como caminhos promissores. Conclusão: Conclui-se que a saúde mental deve ser tratada como um direito social e coletivo, exigindo a articulação de ações críticas, inclusivas e humanizadas. A superação do adoecimento psíquico contemporâneo depende de respostas integradas e sensíveis à complexidade dos contextos vividos.