TENDÊNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL (2018 – 2023) E DESAFIOS PARA ELIMINAR A TRANSMISSÃO VERTICAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n49-103Palavras-chave:
Sífilis congênita, Monitoramento epidemiológico, Saúde pública, Infecção por doença sexualmente transmissível, COVID-19Resumo
Introdução: A sífilis congênita continua a representar um problema relevante de saúde pública em países de baixa e média renda, incluindo o Brasil, onde seus impactos foram potencialmente agravados pela pandemia de COVID-19. Objetivo: Analisar a tendência temporal dos casos notificados de sífilis congênita no Brasil entre 2018 e 2023, identificando padrões epidemiológicos e possíveis lacunas nas estratégias de prevenção e cuidado. Métodos: Estudo ecológico de série temporal com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. As variáveis sociodemográficas, clínicas e o momento do diagnóstico materno foram avaliadas por meio do modelo de Prais–Winsten para detecção de tendências. Resultados: A incidência de sífilis congênita manteve-se estável ao longo do período, apesar do aumento contínuo da detecção da infecção em gestantes. A pandemia impactou negativamente o acesso e a qualidade do pré-natal, e falhas de preenchimento nos registros limitaram análises mais detalhadas de grupos vulneráveis. Conclusão: A persistência da sífilis congênita, mesmo com maior rastreamento materno, evidencia lacunas no tratamento e no acompanhamento das gestantes. Reforça-se a necessidade de integrar vigilância epidemiológica, atenção primária e políticas públicas para fortalecer as estratégias de prevenção da transmissão vertical no Brasil.