GERMINAÇÃO E CULTIVO DE ALFACE NA PRESENÇA DE EXTRATOS DE CAPIM BRAQUIÁRIA SUBMETIDAS AO PRÉ-TRATAMENTO COM ÁCIDO SALICÍLICO
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n49-099Palavras-chave:
Meio ambiente, Lactuca sativa, Brachiaria, AlelopatiaResumo
A alface é uma planta de interesse econômico, com germinação rápida e por isso é utilizada em protocolos experimentais. A braquiária é um capim que pode causar alelopatia, interação entre substâncias químicas que são liberadas por determinados organismos e afetam negativamente ou positivamente as respostas fisiológicas de outros indivíduos. Ácido salicílico (AS) é uma molécula envolvida nas respostas de defesa das plantas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a germinação e o crescimento inicial de alface sob efeito de extratos de capim braquiária (Brachiaria decumbens) submetidas ao pré-tratamento de sementes com AS. A metodologia foi exploratória, em que sementes de alface submetidas ou não ao pré-tratamento com AS 0,1mM foram germinadas na presença ou ausência de extratos de braquiária em concentrações de 2%, 4% e 10%, o grupo controle recebeu água destilada. O tempo de cultivo foi de 7 dias para o cultivo em placas de Petri e 14 dias para o cultivo em caixa gerbox com substrato orgânico, ambos cultivados em estufa tipo B.O.D. com temperatura e fotoperíodo controlados. Os experimentos foram organizados em blocos inteiramente casualizados com quatro repetições para cada tratamento em duplicata. Os parâmetros estudados foram: germinação total, índice de velocidade de germinação (IVG), comprimento da radícula e teores de clorofilas e carotenoides. A análise dos resultados de índice de velocidade de germinação não mostrou diferença entre os tratamentos estudados. No cultivo em substrato, o extrato de braquiária comprometeu a porcentagem de germinação e AS promoveu efeito de recuperação. Em ambos os cultivos o extrato de braquiária comprometeu o crescimento das raízes, na concentração de 2%, AS promoveu recuperação do comprimento da raiz. Não foram observados aumento nos teores de clorofilas e carotenoides nos tratamentos estudados. O extrato de braquiária promoveu alelopatia e comprometeu o crescimento inicial das radículas das plântulas, fase em que ocorre maior sensibilidade a compostos químicos. AS atuou provavelmente como molécula antioxidante e promoveu respostas positivas em concentrações mais baixas do extrato de braquiária.