ATUAÇÃO DA FONOAUDIOLOGIA COM CRIANÇAS NEUROATÍPICAS EM REABILITAÇÃO AMBULATORIAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv14n32-008Palavras-chave:
Fonoaudiologia, Reabilitação ambulatorial, Neurodesenvolvimento, Comunicação funcional, InfânciaResumo
O atendimento fonoaudiológico em reabilitação ambulatorial tem se consolidado como uma estratégia fundamental para o desenvolvimento da linguagem em crianças neuroatípicas. Considerando os múltiplos desafios que envolvem o diagnóstico precoce, as barreiras comunicativas e as limitações funcionais, a atuação da Fonoaudiologia ganha centralidade ao promover intervenções que visam não apenas o aprimoramento da fala, mas a funcionalidade da comunicação no cotidiano. A presente pesquisa teve como objetivo reunir e analisar produções científicas que abordam a prática fonoaudiológica em ambulatórios de reabilitação, priorizando estudos que tratam de casos de Transtorno do Espectro Autista, transtornos específicos da linguagem, síndromes genéticas e deficiências sensoriais. Por meio de uma revisão bibliográfica qualitativa, foram selecionadas publicações recentes que discutem estratégias de intervenção, uso da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), envolvimento familiar e resultados obtidos a partir de metodologias centradas na funcionalidade e na participação social. Os achados revelam que as intervenções precoces apresentam efeitos positivos significativos sobre a linguagem receptiva, expressiva, pragmática e alternativa, além de contribuírem para a melhoria da qualidade de vida da criança e da família. Observou-se que o ambiente ambulatorial favorece o acompanhamento longitudinal e a articulação com outros profissionais da saúde e da educação, possibilitando abordagens interdisciplinares mais eficazes. Conclui-se que a atuação da Fonoaudiologia em contextos de reabilitação ambulatorial exige escuta sensível, domínio técnico e compromisso com a singularidade de cada criança, sendo a comunicação funcional o principal indicador de sucesso terapêutico.