IMPACTOS DA ARQUITETURA DE MICROSSERVIÇOS NA MANUTENÇÃO DE SISTEMAS CORPORATIVOS
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv14n32-006Keywords:
Arquitetura de microsserviços, Manutenção de sistemas, Sistemas corporativos, Escalabilidade, MonolíticoAbstract
O presente artigo analisa os impactos da arquitetura de microsserviços na manutenção de sistemas corporativos, contrastando suas particularidades com os modelos monolíticos tradicionais sob a ótica da engenharia de software e da sustentabilidade técnica. A pesquisa foi conduzida com abordagem qualitativa, fundamentada em revisão bibliográfica sistematizada com recorte temporal de 2015 a 2024, utilizando descritores específicos e categorização temática conforme orientações de Gil e Lakatos & Marconi. Os resultados obtidos apontam que a arquitetura de microsserviços oferece vantagens significativas no que se refere à modularização, escalabilidade, autonomia das equipes e redução de riscos durante o processo de manutenção, permitindo correções localizadas, versionamento independente e automação de testes e deploys, além de favorecer o monitoramento detalhado dos serviços. Em contrapartida, foram observados desafios relevantes, como a complexidade na orquestração dos microsserviços, a necessidade de padronização das interfaces de comunicação e o aumento da carga cognitiva das equipes quando a governança técnica não é bem estabelecida. A comparação com a arquitetura monolítica demonstrou que esta, apesar de sua simplicidade inicial e menor exigência técnica, tende a acumular rigidez estrutural e acoplamento excessivo com o tempo, o que dificulta a manutenção corretiva, a escalabilidade e a adoção de novas tecnologias. Conclui-se que a adoção da arquitetura de microsserviços deve ser orientada por critérios técnicos, operacionais e organizacionais bem definidos, sendo especialmente recomendada para sistemas de grande porte, com alta complexidade e necessidade de evolução contínua, onde a manutenibilidade representa um fator crítico para a sustentabilidade da aplicação.