INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: FOMENTANDO OU FREANDO A AUTONOMIA E O PENSAMENTO CRÍTICO DO ALUNO?

Autores

  • Alessandro Siqueira da Silva Author
  • Davi Taveira Alencar Alarcão Author
  • Syd Pereira Faria Author

DOI:

https://doi.org/10.56238/levv16n48-061

Palavras-chave:

Inteligência Artificial na Educação, Autonomia do Aluno, Pensamento Crítico, Educação Brasileira, BNCC, Aprendizagem Autorregulada, Tecnologia Educacional, Formação Docente

Resumo

A crescente integração da Inteligência Artificial (IA) em ambientes educacionais no Brasil promete revolucionar o ensino e a aprendizagem através da personalização e otimização. Ferramentas como sistemas de aprendizagem adaptativa, tutores inteligentes e sistemas de recomendação são cada vez mais presentes, oferecendo suporte individualizado. No entanto, emerge uma preocupação crucial no cenário brasileiro, marcado por desigualdades e desafios estruturais: qual o impacto dessas tecnologias sobre o desenvolvimento da autonomia e do pensamento crítico dos estudantes, competências essenciais preconizadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC)? Este artigo realiza uma análise crítica, baseada em revisão de literatura multidisciplinar com foco na realidade brasileira, explorando a complexa relação entre ferramentas de IA educacional (AIEd) e essas competências fundamentais. Examinamos como diferentes funcionalidades da IA podem, por um lado, oferecer andaimes (scaffolding) e liberar carga cognitiva, potencialmente fomentando a autorregulação e a análise crítica em contextos de superlotação e diversidade de ritmos. Por outro lado, discutimos os riscos inerentes, como a redução da agência do aluno, a dependência tecnológica, a automação de tarefas que exigiriam raciocínio crítico, a criação de "bolhas informacionais" e a potencial erosão de habilidades metacognitivas, riscos estes potencializados pela exclusão digital e pela formação docente ainda incipiente em tecnologias digitais no Brasil. Argumentamos que o impacto da IA depende crucialmente do design pedagógico e da sua integração crítica na prática docente, considerando as especificidades do contexto brasileiro. Concluímos que, para que a IA contribua positivamente, é necessário um design centrado no desenvolvimento da agência do aluno e do pensamento crítico, aliado a políticas públicas de inclusão digital e formação docente robusta, garantindo que a tecnologia sirva como catalisador, e não obstáculo, para a formação integral e equitativa do estudante brasileiro.

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Publicado

2025-05-16

Como Citar

DA SILVA, Alessandro Siqueira; ALARCÃO, Davi Taveira Alencar; FARIA, Syd Pereira. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: FOMENTANDO OU FREANDO A AUTONOMIA E O PENSAMENTO CRÍTICO DO ALUNO?. LUMEN ET VIRTUS, [S. l.], v. 16, n. 48, p. 5358–5371, 2025. DOI: 10.56238/levv16n48-061. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/LEV/article/view/5176. Acesso em: 5 dez. 2025.