SÍNDROME DA FISSURA ORBITAL SUPERIOR ASSOCIADA A TRAUMA FACIAL: RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv15n42-078Keywords:
Síndrome da Fissura Orbital Superior, Fraturas Orbitárias, Músculos OculomotoresAbstract
A síndrome da fissura orbital superior é um complexo de sinais e sintomas desenvolvidos a partir de danos as estruturas nobres, vasculares e neurológicas, que se encontram na cavidade orbitária, mais precisamente na região da fissura orbital superior. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de síndrome da fissura orbital superior após um trauma facial, detalhando e discutindo a terapêutica adotada, bem como os desafios do tratamento cirúrgico. Paciente do sexo masculino, 31 anos, melanoderma, vítima de agressão física compareceu à emergência do Hospital Geral do Estado da Bahia, cursando com trauma em face causado por agressão física. Ao exame físico bucomaxilofacial notou-se contornos faciais preservados nos terços superior e inferior da face, degrau ósseo em regiões fronto-zigomática e de rebordo infraorbitário, aplainamento facial em região malar à esquerda, acuidade visual preservada bilateralmente, motricidade orbicular extrínseca preservada em olho direito e presença de oftalmoplegia total em olho esquerdo, exoftalmia, equimose periorbital e ptose palpebral superior em olho esquerdo, pupila em olho esquerdo não fotorreagente, ossos próprios do nariz e maxilas estáveis, ausência de mobilidade atípica à manipulação da mandíbula, edentulismo parcial em ambas as arcadas e oclusão dentária estável. hipoestesia em região frontal e infraorbitária, ambas à esquerda. Através da tomografia computadorizada de face observou-se fraturas do complexo órbito-zigomático-maxilar (COZM), teto e assoalho de órbita, todas à esquerda e, também, presença de material de síntese óssea em posição adequada na região de ângulo mandibular esquerdo decorrente de tratamento de trauma facial prévio. O tratamento cirúrgico proposto foi a osteossíntese do complexo órbito-zigomático-maxilar e tratamento conservador das fraturas de teto e assoalho de órbita, sendo realizado com sucesso pela equipe de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial. No pós-operatório, o paciente apresentou boa evolução sem complicações clínicas significativas, e segue em acompanhamento clínico até os dias atuais. Desse modo, o presente trabalho destaca a importância do diagnóstico preciso e do tratamento adequado dessa síndrome, enfatizando a necessidade de abordagem terapêutica individualizada, considerando os sinais e sintomas e os riscos envolvidos. Portanto, é fundamental o conhecimento do profissional a respeito da apresentação clínica e dos fatores etiológicos desta condição para evitar possíveis erros diagnósticos e o emprego de formas de tratamento inadequadas para que assim, ocorra a devolução de saúde, função e estética para estes pacientes.