IMPACTO DA IMUNOSSUPRESSÃO NO MANEJO PERIOPERATÓRIO DE PACIENTES COM DOENÇAS AUTOIMUNES PIGMENTARES, ESPECIOAMENTE SÍNDROME DE VOGT-KOYANAGI-HARADA
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n55-061Palavras-chave:
Vogt-Koyanagi-Harada, Corticosteroides, Imunossupressores, PerioperatórioResumo
Introdução: A Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada (VKH) é uma doença autoimune mediada por linfócitos T CD4+, cujo tratamento exige uso prolongado de corticosteroides e imunossupressores. Essas terapias, embora essenciais para o controle inflamatório, impactam significativamente o risco perioperatório. Este estudo revisa de forma sistematizada as evidências sobre o manejo cirúrgico de pacientes imunossuprimidos com doenças autoimunes pigmentares, com ênfase na VKH. Métodos: Realizou-se revisão sistematizada nas bases PubMed, Scopus, Web of Science e Cochrane Library (2000–2024) utilizando combinações de descritores relacionados à VKH, imunossupressão e complicações cirúrgicas. Foram incluídos ensaios clínicos, estudos observacionais, revisões e diretrizes que abordassem o impacto de corticosteroides, imunomoduladores ou agentes biológicos no perioperatório. Resultados: Quinze estudos preencheram os critérios de elegibilidade. A análise evidenciou que corticosteroides prolongados aumentam risco de atraso de cicatrização, infecções e insuficiência adrenal relativa. Imunomoduladores como micofenolato, azatioprina e ciclosporina foram associados a maior vulnerabilidade imunológica e risco de complicações infecciosas, especialmente em cirurgias de grande porte. Terapias biológicas apresentaram o maior risco de infecções profundas, justificando sua suspensão pré-operatória por 1–2 ciclos. Diretrizes reforçam abordagem individualizada, considerando classe farmacológica, duração da imunossupressão e estabilidade da doença. Conclusão: Pacientes com VKH em terapias imunossupressoras possuem risco perioperatório significativamente aumentado e requerem planejamento integrado entre oftalmologia, cirurgia e anestesiologia. A adoção de estratégias baseadas em diretrizes internacionais pode reduzir complicações e otimizar desfechos cirúrgicos.
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