O IMPACTO DA AUTOMEDICAÇÃO NA SAÚDE DA POPULAÇÃO IDOSA: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n55-041Palavras-chave:
Automedicação, Idosos, Saúde Pública, Uso Racional de Medicamentos, Farmácia ClínicaResumo
A automedicação entre idosos é uma prática de saúde pública complexa e preocupante, dada a vulnerabilidade fisiológica dessa população a interações medicamentosas e efeitos adversos. Este estudo analisou os impactos clínicos e sociais da automedicação em idosos, identificando fatores associados e consequências relatadas na literatura recente. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, com busca em bases de dados como SciELO, LILACS e PubMed, abrangendo artigos publicados entre 2020 e 2025. Foram incluídos estudos que abordaram especificamente a automedicação em idosos, seus fatores de risco e consequências. Os resultados evidenciaram que a automedicação é prevalente, impulsionada pela dificuldade de acesso aos serviços de saúde e pela crença na segurança de medicamentos de venda livre. Analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos foram os fármacos mais utilizados, associados a distúrbios gastrointestinais, insuficiência renal e resistência bacteriana. A polifarmácia intensificou os riscos de interações medicamentosas. Conclui-se que a automedicação em idosos é multifatorial, exigindo estratégias educativas e políticas públicas para promover o uso racional de medicamentos.
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