DESCOLONIZAÇÃO E O ENSINO DA ARTE NO BRASIL: RUPTURAS, PERMANÊNCIAS E RECONFIGURAÇÕES ENTRE JESUÍTAS E POMBALINOS

Autores

  • Edmilton Amaro da Hora Filho Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/ERR01v10n6-042

Palavras-chave:

Arte Colonial, Educação Jesuítica, Reformas Pombalinas, Barroco Brasileiro, Descolonização Cultural

Resumo

Este estudo analisa o papel e a relevância do ensino da arte no Brasil Colônia, considerando o período que se estende da pedagogia jesuítica às reformas pombalinas. A investigação discute a formação histórica da arte e da musicalidade indígena, destacando os impactos do processo de colonização sobre as expressões culturais dos povos originários. Aborda-se, também, o papel ideológico da Companhia de Jesus na utilização da arte — especialmente da música e do teatro — como instrumentos de catequese e dominação cultural. A pesquisa contempla, ainda, as transformações ocorridas com a expulsão dos jesuítas e a secularização do ensino promovida pelas reformas pombalinas, que reduziram o espaço das artes no currículo escolar. Por fim, analisa-se o desenvolvimento do Barroco Brasileiro e a contribuição de artistas afrodescendentes, como Aleijadinho e José Teófilo de Jesus, na constituição de uma identidade artística nacional. O estudo reforça a importância de compreender as raízes coloniais do racismo e a necessidade de valorizar as produções culturais de matriz indígena e africana como fundamentos da diversidade brasileira.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.

CASTAGNA, Paulo. Música indígena e afro-brasileira: relatos e iconografia dos séculos XVI e XVII. In: ________. Apostilas do curso de História da Música Brasileira. São Paulo: Instituto de Artes da UNESP, 2003. v. 2. Disponível em: https://www.academia.edu/1889193/CASTAGNA_Paulo_Apostilas_do_curso_de_Hist%C3%B3ria_da_M%C3%BAsica_Brasileira_IA_UNESP_S%C3%A3o_Paulo_2003_15v. Acesso em: 26 abr. 2025.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Demográfico 2022: população indígena e quilombola. Rio de Janeiro: IBGE, 2023. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br. Acesso em: 26 abr. 2025.

RUFINO, Luiz. Pedagogia das encruzilhadas. 2. ed. Rio de Janeiro: Mórula, 2019. p. 11.

SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. 7. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2021.

Downloads

Publicado

2025-11-17

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

DESCOLONIZAÇÃO E O ENSINO DA ARTE NO BRASIL: RUPTURAS, PERMANÊNCIAS E RECONFIGURAÇÕES ENTRE JESUÍTAS E POMBALINOS. (2025). ERR01, 10(6), e10061 . https://doi.org/10.56238/ERR01v10n6-042