MUDANÇAS CLIMÁTICAS COMO FATOR DE RISCO PARA EXACERBAÇÕES AGUDAS DA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
DOI:
https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.028-021Palavras-chave:
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Mudanças Climáticas, ExacerbaçõesResumo
As mudanças climáticas representam um dos maiores desafios de saúde pública do século XXI, impactando diretamente a morbidade e a mortalidade de doenças crônicas, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Evidências científicas apontam que eventos climáticos extremos, como ondas de calor, variações bruscas de temperatura e aumento da poluição atmosférica, estão associados ao aumento das exacerbações agudas em pacientes com DPOC. Essas exacerbações não apenas comprometem a qualidade de vida dos indivíduos, mas também sobrecarregam os sistemas de saúde, ampliando os custos relacionados ao manejo hospitalar. Além disso, populações em estado de vulnerabilidade socioeconômica estão mais expostas aos efeitos adversos das mudanças climáticas, devido à menor capacidade de adaptação e menor acesso a serviços de saúde adequados. Neste contexto, torna-se fundamental compreender os mecanismos pelos quais fatores climáticos influenciam a fisiopatologia da DPOC, bem como identificar estratégias preventivas e políticas públicas voltadas para a mitigação desses riscos. Este capítulo tem como objetivo analisar a relação entre mudanças climáticas e exacerbações agudas da DPOC, destacando os principais fatores de risco ambientais, sociais e clínicos. Busca-se, ainda, discutir medidas de adaptação em saúde pública, que incluem desde a vigilância epidemiológica até o fortalecimento da Atenção Primária, como formas de minimizar os impactos negativos desse fenômeno global na população respiratória.