MODELOS ALTERNATIVOS PARA AVALIAR A ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE EXTRATO DE PRÓPOLIS COMO POSSÍVEL TRATAMENTO PARA DERMATOMICOSES
DOI:
https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.028-003Palavras-chave:
Candida spp, Fusarium spp, Trichophyton spp, Extrato de própolis, Tenebrio molitorResumo
Dermatomicoses são doenças fúngicas capazes de acometer pele, pelo e unha. O aumento da resistência aos antifúngicos resulta na demanda por novos fármacos, sendo a própolis uma alternativa com diversas propriedades farmacológicas. Estudos com modelos ex vivo e in vivo confirmam achados de modelos murinos tradicionais, reforçando descobertas científicas. O objetivo deste trabalho foi aplicar modelos alternativos como forma de avaliar a bioatividade do extrato de glicólico de própolis (PEG) como possível tratamento para dermatomicoses. Neste estudo foram utilizados os seguintes fungos causadores de dermatomicoses: Candida albicans, Fusarium oxysporum, Fusarium solani e Trichophyton mentagrophytes. Primeiramente, foi determinada a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Fungicida Mínima (CFM) do PEG nas concentrações de polifenóis totais (TPC) frente a fungos causadores de dermatomicoses. Em seguida, determinou-se a dose letal do própolis em modelo in vivo. Por fim, realizou-se a infecção e tratamento em modelos alternativos ex vivo e in vivo. Como resultado a CIM variou de 356,25 a 1.425 µg/mL de TPC, enquanto a CFM de 1.425 a 2.850 µg/mL de TPC. Em seguida determinou-se os valores de DL25, DL50, DL75 e DL90 sendo: 1544,65 µg/ml, 2188,47 µg/ml, 2686,03 µg/ml e 2945,48 µg/ml de TPC, respectivamente. Em modelo ex vivo o PEG foi aplicado de forma tópica, resultando na inibição dos fungos, exceto C. albicans. No entanto, em modelo alternativo in vivo o PEG administrado de forma sistêmica não obteve sucesso no tratamento. Conclui-se que a avaliação in vitro somada a aplicação de modelos alternativos, PEG tem potencial sucesso terapêutico tópico para tratar dermatomicoses.