O INCONSCIENTE DIGITAL: PSICANÁLISE NA ERA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E DAS REDES SOCIAIS
DOI:
https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.011-002Palavras-chave:
Psicanálise, Inconsciente digital, Redes sociais, Inteligência artificial, Subjetividade contemporânea, Sintomas psíquicosResumo
Este capítulo propõe investigar o conceito de “inconsciente digital” como um instrumento psicanalítico para compreender a constituição da subjetividade na era da inteligência artificial e das redes sociais. A proposta é refletir sobre como o inconsciente se reconfigura diante da tecnologia, atravessado por uma linguagem maquínica que influencia o desejo, o gozo e a formação do eu. O objetivo central é analisar, sob a ótica psicanalítica, as novas formas de sofrimento psíquico produzidas no ambiente digital, considerando os impactos da hiperconectividade, da exposição contínua e da lógica algorítmica nos processos de subjetivação. A metodologia adotada consiste em uma revisão teórico-conceitual, com base em autores clássicos da psicanálise, como Freud, Lacan e Winnicott, e pensadores contemporâneos que analisam os efeitos da cultura digital no psiquismo, como Byung-Chul Han, Sherry Turkle, Zygmunt Bauman e Evgeny Morozov. A análise aponta que, apesar da tentativa de controle e repetição nas linguagens digitais, o sujeito do inconsciente permanece ativo, abrindo espaço para o desejo e a singularidade. Conclui-se que a psicanálise mantém sua relevância atual ao sustentar a escuta do sujeito em um cenário em que as tecnologias tentam silenciá-lo.