PRODUTIVIDADE E VALOR NUTRICIONAL DO MILHO PARA SILAGEM SUBMETIDO A APLICAÇÃO DE BIOESTIMULANTES VEGETAIS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-115Palavras-chave:
Azospirillum brasilense, Biofertilizantes, Fitormônios ExógenosResumo
A crescente demanda por alimentos estimula a busca por práticas agrícolas mais eficientes e sustentáveis. Neste cenário, o uso de bioestimulantes vegetais se apresenta como alternativa viável para aumentar a produtividade das culturas e favorecer o cultivo em condições adversas. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos isolados e combinados de bioestimulantes vegetais sobre as características agronômicas e a qualidade fermentativa da silagem de milho. O experimento foi conduzido entre março e julho de 2023, na área experimental do Setor de Forragicultura e Pastagem da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), em delineamento em blocos casualizados. Utilizou-se o milho híbrido feroz VIP3, submetido à aplicação de Azospirillum brasilense, fitormônios exógenos ou à combinação de ambos, e um tratamento controle adicional. Aos 79 dias após o plantio, as plantas foram colhidas para determinação da produtividade total, das frações morfológicas e do valor nutritivo, além da análise da silagem da planta inteira. A aplicação de fitormônios exógenos elevou a produção de forragem total em 10,94%, de espigas em 17,59% e de folhas em 25,52% em relação ao controle. Houve aumento significativo (p<0,05) de 21,5% na massa seca de folhas e de 15,3% na produção total com A. brasilense ou fitormônios, comparado à ausência de bioestimulantes. O uso combinado elevou os teores de matéria mineral, proteína bruta e carboidratos não fibrosos, e reduziu fibras e lignina, sem prejudicar a qualidade fermentativa. Conclui-se que a aplicação isolada ou combinada dos bioestimulantes incrementa a produtividade e melhora as características bromatológicas da cultivar avaliada.
Downloads
Referências
ALVAREZ, V. V. H.; RIBEIRO, A. C. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais: 5. Aproximação. Viçosa – MG: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais, 359 p, 1999.
ANDRADE, E. B.; TEIXEIRA, F. A.; FRIES, D. D.; CRUZ, N. T.; JARDIM, R. R.; SILVA, H. S.; SANTOS, B. E. F.; VIEIRA, T. M.; SEIXAS, A. A.; DOS SANTOS J. P. Exogenous phytohormones and growth-promoting microorganisms in Basilisk grass cultivation. Agronomy Research, v. 22, 2024.
BASHAN, Y.; DE-BASHAN, L. E.; PRABHU, S. R.; HERNANDEZ, J. P. Advances in plant growth-promoting bacterial inoculant technology: Formulations and practical perspectives (1998–2013). Plant and Soil, v. 378, n. 1-2, p. 1-33, 2014.
CALVO, P.; NELSON, L.; KLOEPPER, J. W. Agricultural uses of plant biostimulants. Plant and Soil, v. 383, n. 1-2, p. 3-41, 2014.
CHEN, L.; HAO, Z.; LI, K.; SHA, Y.; WANG, E.; SUI, X.; CHEN, W. Effects of growth-promoting rhizobacteria on maize growth and rhizosphere microbial community under conservation tillage in Northeast China. Microbial Biotechnology, v. 14, n. 2, p. 535-550, 2021.
CHERNEY, J. H.; CHERNEY, D. J. R. Assessing silage quality. Silage Science and Technology, v. 42, p. 141-198, 2003.
DETMANN, E.; SOUZA, M. A.; VALADARES FILHO, S. C.; QUEIROZ, A. C.; BERCHIELLI, T. T.; SALIBA, E. O. S.; CABRAL, L. S.; PINA, D. S.; LADEIRA, M. M.; AZEVEDO, J. A. G. Métodos para análise de alimentos. Visconde do Rio Branco – MG: Suprema, 2021.
DU JARDIN, P. Plant biostimulants: Definition, concept, main categories and regulation. Scientia Horticulturae, v.196, p.3-14, 2015.
FUKAMI, J.; CEREZINI, P.; HUNGRIA, M. Azospirillum: benefits that go far beyond biological nitrogen fixation. AMB Express, v. 8, n. 1, p. 1-12, 2018.
HUNGRIA, M.; NOGUEIRA, M. A.; ARAUJO, R. S. Co-inoculation of soybeans and common beans with rhizobia and azospirilla: Strategies to improve sustainability. Biology and Fertility of Soils, v. 46, n. 5, p. 555-570, 2010.
INMET – INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. INMET Tempo. Disponível em: https://tempo.inmet.gov.br/. Acesso em: 14 out. 2023.
JOBIM, C. C.; NUSSIO, L. G.; REIS, R. A.; SCHMIDT, P. Avanços metodológicos na avaliação da qualidade da forragem conservada. Revista Brasileira de Zootecnia, p. 101-119, 2007.
LEITE, R. C.; SANTOS, A. C.; SANTOS, J. G. D.; LEITE, R. C.; OLIVEIRA, L. B. T.; HUNGRIA, M. Mitigation of Mombasa grass (Megathyrsus maximus) dependence on nitrogen fertilization as a function of inoculation with Azospirillum brasilense. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 43, e0180234, 2019.
LICITRA, G.; HERNANDEZ, T. M.; VAN SOEST, P. J. Standardization of procedures for nitrogen fractionation of ruminant feeds. Animal Feed Science and Technology, v. 57, n. 4, p. 347-358, 1996.
OCWA, A.; MOHAMMED, S.; MOUSAVI, S. M. N.; ILLÉS, Á.; BOJTOR, C.; RAGÁN, P.; HARSÁNYI, E. Maize grain yield and quality improvement through biostimulant application: a systematic review. Journal of Soil Science and Plant Nutrition, v. 24, p. 1609-1649, 2024.
SNIFFEN, C. J.; O’CONNOR, J. D.; VAN SOEST, P. J.; FOX, D. G.; RUSSELL, J. B. A net carbohydrate and protein system for evaluating cattle diets: II – Carbohydrate and protein availability. Journal of Animal Science, v. 70, p. 3562-3577, 1992.
TAIZ, L.; ZEIGER, E.; MOLLER, I.; MURPHY, A. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 888 p, 2017.
THOMÉ, S. E.; LIMA, S. F.; OLIVEIRA, I. C. D.; CONTARDI, L. M.; VENDRUSCOLO, E. P.; ANDRADE, M. G. D. O.; OLIVEIRA, J. J. D. Bioestimulantes aumentam o crescimento e a produtividade do milho de segunda safra. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 27, p. 550-558, 2023.
WEINBERG, Z. G.; ASHBELL, G. Engineering aspects of ensiling. Biochemical Engineering Journal, v. 13, n. 2-3, p. 181-188, 2003.