POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DO ISOLADO PRIESTIA MEGATERIUM CEPA E1
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-150Palavras-chave:
Biotecnologia Ambiental, Biocatalisadores, BioconversãoResumo
A crescente produção de plásticos derivados do petróleo e o descarte inadequado, vêm ocasionando impactos ambientais severos. Diante desse contexto, os biopolímeros sintetizados por bactérias, como os polihidroxialcanoatos (PHAs), surgem como uma solução promissora para a produção de bioprodutos, com uma variedade ampla de aplicações industriais. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a produção de PHA e potencial enzimático da bactéria Priestia megaterium cepa E1, isolada previamente em solo agrícola, no município de Dourados, MS. Para isso, foram conduzidos testes qualitativos para detecção de PHA por meio de utilização de corantes lipofílicos, como Sudan Black B e o Red Nile. A avaliação do potencial enzimático foi conduzida pela técnica de Cup Plate, utilizando meio mínimo sólido suplementado com Skim milk para análise da atividade proteolítica e amido solúvel para análise da atividade amilolítica. As placas foram incubadas em estufa tipo BOD a 30°C e avaliadas após 24, 48 e 72 horas. O índice enzimático (IE), foi calculado com base na razão entre o diâmetro do halo de degradação e o diâmetro da colônia, sendo os dados analisados por meio da média, desvio padrão e análise de variância seguida do teste de Tukey (p>0,05) das triplicatas. A produção de PHA foi confirmada tanto pela coloração azul intensa com Sudan Black B, quanto pela fluorescência observada sob luz ultravioleta após cultivo em meio contendo o corante Red Nile. Em relação à atividade enzimática, a cepa apresentou desempenho significativamente superior para a produção de protease, alcançando IE médio de 2,97 em 72 horas. Para à amilase nas primeiras 24 horas não houve presença de halos de degradação, entretanto a partir de 48 horas o IE médio foi de 1,5 mm, indicando potencial amilolítico. Os resultados obtidos demonstram que a Priestia megaterium cepa E1 possui características relevantes para microrganismos de interesse biotecnológico, seu potencial sustentável os torna essenciais na transição para processos produtivos mais limpos, contribuindo para redução do impacto ambiental.
Downloads
Referências
Alaerts, L., Augustinus, M., & Van Acker, K. (2018). Impact of bio-based plastics on current recycling of plastics. Sustainability, 10(5), Article 1487. https://doi.org/10.3390/su10051487 DOI: https://doi.org/10.3390/su10051487
Artin, C., Khusro, A., Agastiano, P., Aarti, C., & Alrefaei, A. F. (2020). Molecular diversity and hydrolytic enzymes production abilities of soil bacteria. Saudi Journal of Biological Sciences, 27(12), 3235–3248. https://doi.org/10.1016/j.sjbs.2020.09.049 DOI: https://doi.org/10.1016/j.sjbs.2020.09.049
Ashour, M. A., & Abd-Elhalim, B. T. (2024). Biosynthesis and biocompatibility evaluation of zinc oxide nanoparticles prepared using Priestia megaterium bacteria. Scientific Reports, 14(1), Article 54460. https://doi.org/10.1038/s41598-024-54460-8 DOI: https://doi.org/10.1038/s41598-024-54460-8
Biedendieck, R., Knuuti, T., Moore, S. J., & Jahn, D. (2021). The “beauty in the beast”—The multiple uses of Priestia megaterium in biotechnology. Applied Microbiology and Biotechnology, 105(14-15), 5719–5737. https://doi.org/10.1007/s00253-021-11424-6 DOI: https://doi.org/10.1007/s00253-021-11424-6
Dingle, J., Reid, W. W., & Solomons, G. L. (1950). The enzymic degradation of pectin and other polysaccharides. II—Application of the “cup-plate” assay to the estimation of enzymes. Journal of the Science of Food and Agriculture, 1(3), 149–155. https://doi.org/10.1002/jsfa.2740040305 DOI: https://doi.org/10.1002/jsfa.2740040305
do Prado, C. C. A., de Oliveira, J. P., de Almeida, J. S., & de Vasconcelos, C. K. B. (2022). Fipronil biodegradation and metabolization by Bacillus megaterium strain E1. Journal of Chemical Technology & Biotechnology, 97(2), 474–481. https://doi.org/10.1002/jctb.6758 DOI: https://doi.org/10.1002/jctb.6758
Far, B. E., Najafi, R. B., Farimani, M. M., & Ahmadi, S. (2020). Microbial alpha-amylase production: Progress, challenges and perspectives. Advanced Pharmaceutical Bulletin, 10(3), 350–358. https://doi.org/10.34172/apb.2020.043 DOI: https://doi.org/10.34172/apb.2020.043
Fernandes, R. (2024). Anotação funcional de sequências genômicas de polihidroxialcanoato em Priestia megaterium cepa E1 isolada de solo [Master’s thesis, Universidade Federal da Grande Dourados]. Repositório UFGD. http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/6301
Habitzreuter, F., de Oliveira, M. A., & Forcellini, F. A. (2022). Biopolímeros, processamento e aplicações. In Nanotecnologia aplicada a polímeros (pp. 91–132). Blucher. https://doi.org/10.5151/9786555502527-03 DOI: https://doi.org/10.5151/9786555502527-03
Hartman, T. L. (1940). The use of Sudan Black B as a bacterial fat stain. Stain Technology, 15(1), 23–28. https://doi.org/10.3109/10520294009110328 DOI: https://doi.org/10.3109/10520294009110328
Isobe, A., & Shinsuke, I. (2022). The fate of missing ocean plastics: Are they just a marine environmental problem? Science of the Total Environment, 825, Article 153935. https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2022.153935 DOI: https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2022.153935
Khalil, A., Abdel-Baky, Y., El-Sayed, A., & El-Badan, D. (2023). Insights into the potential of biopolymeric aerogels as an advanced soil-fertilizer delivery systems. Gels, 9(8), Article 666. https://doi.org/10.3390/gels9080666 DOI: https://doi.org/10.3390/gels9080666
Khan, M. F. (2025). Recent advances in microbial enzyme applications for sustainable textile processing and waste management. Sci, 7(2), Article 46. https://doi.org/10.3390/sci7020046 DOI: https://doi.org/10.3390/sci7020046
Koller, M., & Mukherjee, A. (2022). Polyhydroxyalkanoates (PHAs)—Production, properties, and biodegradation. In Biodegradable polymers in the circular plastics economy (pp. 145–204). Wiley. https://doi.org/10.1002/9783527827589.ch6 DOI: https://doi.org/10.1002/9783527827589.ch6
Martins, F., & Gupta, R. K. (2024). Bacteria for bioplastics: Progress, applications, and challenges. ACS Omega, 9(8), 8715–8732. https://doi.org/10.1021/acsomega.3c07372 DOI: https://doi.org/10.1021/acsomega.3c07372
Niyonzima, F. N., Venna, S. M., & Sunil, S. (2020). Industrial production and optimization of microbial enzymes. In Microorganisms for sustainability (Vol. 11, pp. 115–135). Springer. https://doi.org/10.1007/978-981-15-1710-5_5 DOI: https://doi.org/10.1007/978-981-15-1710-5_5
ONU Brasil. (2019). Humanidade consome recursos da Terra a taxas insustentáveis, alerta agência da ONU. https://brasil.un.org/pt-br/82815-humanidade-consome-recursos-da-terra-taxas-insustentaveis-alerta-agencia-da-onu
Spiekermann, P., Rehm, B. H. A., Kalscheuer, R., Baumeister, D., & Steinbüchel, A. (1999). A sensitive, viable-colony staining method using Nile Red for direct screening of bacteria that accumulate polyhydroxyalkanoic acids and other lipid storage compounds. Archives of Microbiology, 171(2), 73–80. https://doi.org/10.1007/s002030050681 DOI: https://doi.org/10.1007/s002030050681
Tennakoon, P., Gunawardana, B., Karunarathna, M., & Wilson, D. (2023). Marine-derived biopolymers as potential bioplastics, an eco-friendly alternative. iScience, 26(4), Article 106404. https://doi.org/10.1016/j.isci.2023.106404 DOI: https://doi.org/10.1016/j.isci.2023.106404
Tobías-Soria, D., Torres-Monroy, E. I., & Ramírez-Mendoza, R. A. (2023). Microbes as a bio-factory for polyhydroxyalkanoate biopolymer production. In Biorreatores microbianos para moléculas industriais (pp. 131–160). Wiley. https://doi.org/10.1002/9781119874096.ch7 DOI: https://doi.org/10.1002/9781119874096.ch7
Vojnovic, S., Miscevic, D., Zdravkovic, M., & Savic, V. (2024). Bacillus and Streptomyces spp. as hosts for production of industrially relevant enzymes. Applied Microbiology and Biotechnology, 108(1), Article 117. https://doi.org/10.1007/s00253-023-12900-x DOI: https://doi.org/10.1007/s00253-023-12900-x