DETECÇÃO DO ESTRO EM VACAS DA RAÇA NELORE PELA TÉCNICA DA TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n9-175Palavras-chave:
Biotecnologia da Reprodução, Bovino de Corte, Monitoramento Térmico, Eficiência Reprodutiva, Termografia InfravermelhaResumo
A detecção do estro em bovinos é o fator mais importante para se ter uma boa eficiência reprodutiva, necessitando de se desenvolver formas de melhorá-la. A termografia infravermelha é um método não invasivo, altamente sensível, simples e eficaz para detectar mudanças de temperatura da superfície da pele. Este estudo visou validar a termografia por infravermelho como uma ferramenta para detectar o estro na superfície vulvar de bovinos. Foram utilizadas 51 vacas da raça Nelore pertencentes à região da Nova Alta Paulista-SP, submetidas a um programa de inseminação artificial por tempo fixo, aferindo-se a temperatura da vulva e perivulvar em dois momentos pela manhã: D8 (retirada do implante de progesterona) e D10 (48h após, dia da inseminação artificial). O efeito do dia da avaliação (D8/D10) considerou-se animal como um efeito aleatório e média da temperatura ambiente, como covariável. Houve uma interação entre temperatura da vulva com o momento da coleta (D8/D10), sugerindo que a influência da temperatura ambiente na temperatura da vulva não é similar em ambos os momentos da coleta. Médias marginais estimadas corrigidas para a covariável temperatura do dia e erros-padrão nos diferentes grupos foram na vulva em D8 39,2±0,24oC e D10 39,5±0,24oC, e na região perivulvar D8 38,7±0,24oC e D10 38,9±0,24oC. Embora o experimento mostrou diferença estatística, para a diferença temperatura da vulva em estro, os resultados tiveram que ser corrigidos pela covariável temperatura ambiental. A câmera termográfica foi capaz detectar o aumento da temperatura da vulva em fase estrogênica, porém não mostrou ser um bom instrumento diagnóstico a campo para a detecção do estro em bovinos, por ter muitas variáveis envolvidas, como por exemplo, a temperatura ambiente.
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