"URÂNIO PARA BRINCAR!": INFÂNCIA, CULTURA MATERIAL E RADIAÇÃO NO JOGO DE TABULEIRO MAIS PERIGOSO DA HISTÓRIA (1950)
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n2-088Palavras-chave:
Guerra Fria, História da Infância, Saúde Pública, Radiação, BrinquedosResumo
Este trabalho tem como objetivo analisar o conceito de infância na historiografia, utilizando a iconografia disponível na documentação. Nessa perspectiva, investigamos o brinquedo "Gilbert U-238 Atomic Energy Lab", desenvolvido pelo americano Alfred Carlton Gilbert na década de 1950. Nossa investigação enfoca a relação entre infância e brinquedos, bem como examina a negligência dos adultos em relação aos riscos à saúde associados à produção de brinquedos tóxicos na época. Adotou-se uma abordagem metodológica descritiva, explicativa e qualitativa. Concluímos que o jogo surgiu no contexto da Guerra Fria, refletindo o frenesi nuclear promovido pelos EUA, mesmo estando ciente dos riscos da radiação. Gilbert, motivado por interesses comerciais, não considerou as implicações para a saúde. O fracasso das vendas pode ser atribuído a fatores de marketing, como o preço do aparelho e a falta de associação profissional com o mundo da radiação.